África…Terra Nova - L

Imagem
África…Terra Nova - L
01.10.2020

Em mais uma edição do África…Terra Nova", hoje o professor António Batel Anjo fala sobre o regresso às escolas que preocupa pais e alunos em Moçambique.

O desenvolvimento nos países africanos tem sido um processo árduo e desigual. Desigual porque nem todos tiveram capacidade para ultrapassar as dificuldades. No espaço lusófono, Cabo Verde tem sido o caso de sucesso mais notável, enquanto os países ricos em matérias-primas, como Angola e Moçambique, se arrastam há décadas nos últimos lugares "rankings" globais de Saúde e Educação, governados desde a independência pelos mesmos partidos. A diferença? Sem dúvida, boa governação, competência e instituições com uma cultura de serviço da população - em vez de tomadas por interesses de facções políticas ou partidárias.

Regresso às escolas preocupa pais e alunos em Moçambique

Alunos e professores apontam falta de estratégias e temem regressar às aulas presenciais. Por outro lado, estudo online não abrange todos os alunos em casa. Hoje começam as aulas em Moçambique.

Uma sondagem do Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança pode ler-se que as crianças e adultos são contra a reabertura das escolas em Moçambique. As Escolas abrem hoje para 12º e 8º classe, mas relatório afirma que , 72% dos maiores de 18 anos opõem-se à reabertura, assim como 71% de crianças e jovens entre os 7 e os 18 anos. Quase 12,3 mil pessoas participaram no inquérito.

Alguns pais que diziam que se pode reabrir as escolas recuam quando a questão é se levariam o filho ou não, a justificação para a recusa é associada à falta de condições de higiene e segurança nas escolas e de consciência de risco da criança no espaço público. Outras condições relevantes apontadas no relatório referem-se às condições dos transportes públicos e os custos de aquisição de gel desinfetante e de máscaras.

O relatório sugere que o plano para o regresso às aulas não seja igual em todas as províncias - Cabo Delgado apresenta um contexto diferente de Gaza, que também é diferente de Maputo, existe um número excessivo de alunos em Nampula deslocados de Cabo Delgado.

Como se vai lidar com essas crianças que são deslocadas? Algumas são separadas dos pais e têm outros traumas que podem emperrar o processo de ensino e aprendizagem. Sem falar do registo de casos de transmissão comunitária do coronavírus. Tudo isso tem de ser levado em conta no processo de regresso às aulas.

As conclusões do estudo constam do relatório "Sondagem sobre o retorno às aulas no contexto da Covid-19”, que se realizou entre 05 e 12 de julho de 2020.

----------------------------------------

Música

Jenifer Solidade - Hit the Road Jack

https://www.youtube.com/watch?v=5SOC7IWjzgs&pp=QAA%3D

Imagem
Conversas da Manhã
Autor
Maria João Azevedo
Horário10:00às09:40

Episódios

  • O Último Moleiro do Rio”, de Armando Carvalho Ferreira
    07.04.2017

    Neste Dia Nacional dos Moinhos conversámos com Armando Carvalho Ferreira autor do livro “O Último Moleiro do Rio”, de , vai ser apresentado na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha no próximo sábado, 8 de abril, pelas 17h00.

    A primeira obra de ficção do autor conta com o apoio da Câmara Municipal e da Rede Portuguesa de Moinhos, estando o lançamento integrado nas comemorações do terceiro aniversário da Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha.

    Ouvir
  • Atualiza-te
    03.04.2017

    Conversámos com Marta Jordão sobre mais uma edição do Atualiza-te, dias 5 e 6 na Universidade de Aveiro.

    Ouvir
  • Férias Ativas da Páscoa 2017 Estarreja
    30.03.2017

    Conversámos com o Engº. Adolfo Vidal sobre as Férias Ativas da Páscoa 2017: Inscrições abertas.

    Passa umas férias divertidas! As Férias Ativas da Páscoa decorrem entre 5 a 18 de abril. As inscrições estão abertas até dia 31 de março.

    Pensados para o público-alvo a que se destinam, os planos de atividades compreendem a realização de atividades culturais, recreativas e desportivas. Constitui um importante apoio às famílias durante as interrupções letivas.

    Ouvir
  • ADIG - Dr. Humberto Rocha
    29.03.2017

    Só passados 4 meses, após o desastre ambiental, a bacia da Marina da Gafanha da Nazaré, voltou a ver as taínhas passearem nas calmas águas da Ria. No dia 27 de Dezembro de 2016 as águas apresentavam o aspeto desolador de milhares de peixes mortos, boiando ou assentes no leito da Ria. Conversámos com o Dr. Humberto Rocha, da ADIG a Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré.

    Ouvir