Reciclar carbono (parte 2)

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Reciclar carbono (parte 2)
03.05.2021

A semana passada falámos-lhe do biochar, e contámos-lhe que este material permite reciclar carbono. Hoje vamos explicar melhor. O biochar é um material obtido por pirólise de resíduos orgânicos biodegradáveis ou resíduos florestais. A pirólise é uma espécie de combustão, mas feita sem ar nem chama. O biochar resultante é muito poroso e rico em carbono e compostos químicos úteis para a agricultura. Por esta razão, o biochar tem sido aplicado no solo para fornecer nutrientes às plantas, mas também para aumentar a retenção de água, podendo até diminuir a necessidade de rega em mais de 80%.

Além disso, o biochar tem outras características com grande interesse ambiental. Como é um material rico em carbono que não se degrada com facilidade, aplicar biochar no solo é uma forma eficiente de sequestrar carbono e diminuir a emissão de gases com potencial de efeito de estufa. Há ainda outras aplicações muito recentes do biochar: a libertação controlada de fitofármacos no solo, a adsorção de contaminantes em solos, águas residuais e efluentes gasosos, ou ainda suporte físico para cultivar microrganismos com interesse biotecnológico e farmacêutico.

Uma última curiosidade: o interesse pelo biochar surgiu quando os cientistas constataram que alguns solos da Amazónia apresentavam grandes quantidades de material escuro – e assim lhes chamaram Terra preta. Com este material, os antigos povos daquelas regiões terão encontrado uma forma de melhorar a sua agricultura e prosperidade. Milhares de anos depois, cabe-nos tirar partido deste saber ancestral e usar a engenharia para fazer prosperar o nosso ambiente.

Por isso, não se esqueça que o carbono é vida. Respeite-o e tire partido dele!

Flávio Silva

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Ambiente um minuto
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Horário11:00às11:00

Episódios

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    A importância do insetos polinizadores
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    07.07.2019

    Imagino que já saiba que os insetos polinizadores, em particular as abelhas, tem uma grande importância no nosso ecossistema…

    Mas sabia que um terço daquilo que comemos não existiria se não existissem as abelhas?

    Este trabalho, não remunerado, contribui com 10% do PIB da agricultura mundial, representando um valor superior a 200 biliões de dólares por ano.

    Além da polinização, estes insetos são também importantes no controlo das pragas que atingem as hortas, jardins ou pomares.

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    Dicas para ferias sustentáveis
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    30.06.2019

    As férias estão quase, quase aí!! E apesar de ser o momento perfeito para relaxar e usufruir, podemos fazer isso de uma forma sustentável e sem aumentar a nossa pegada de carbono!

    Aqui ficam algumas dicas para tornar as suas ferias mais sustentáveis:

    - Procure opções diferentes: Felizmente há cada vez mais pacotes de viagens mais ecológicos. Procure por novos locais e agências de viagens que tenham em atenção a sustentabilidade do ambiente.

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    Rega eficiente e gestão do jardim
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    23.06.2019

    Quem tem um jardim gosta sempre de ter um relvado verde para jogar à bola, esticar-se ao sol ou brincar com as crianças. Mas no verão, isso também significa um gasto elevado de água e despesa considerável com a rega.

    Nestes meses quentes de Verão devemos ter em conta que a água evapora muito mais rapidamente e é preciso estar muito atento para não deixar as plantas desidratadas.

    Se regar na hora de maior calor, a água vai-se evaporar facilmente e vai gastar mais água.

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    Praias Limpas
    Praias Limpas
    16.06.2019

    Já ouviu falar da iniciativa/projeto “Waste4Coffee”?

    Trata-se de uma iniciativa criada muito recentemente por uma jovem de 20 anos – Joana Costa – que se apanhar lixo da praia, recebe em troca um café. Tudo começou com apenas um restaurante. Nete momento já são mais de 15 os espaços onde pode entregar um balde de lixo e receber um café.

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    Pesca sustentável
    Pesca sustentável
    09.06.2019

    Todos os anos por altura das Festas dos Santos Populares, quando já só pensamos na broa com sardinha assada, ouvimos falar das quotas para a pesca da sardinha e ficamos logo assustados só de pensar que nos vai faltar a sardinha!

    Mas na verdade a fixação de quotas de pescado é essencial para deixar peixes suficientes no mar, para que estes possam continuar a sua reprodução e garantir a subsistência das pessoas que dependem da pesca.

    Nós como consumidores também podemos contribuir para a pesca sustentável.

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