Chegamos a dezembro e com ele chega também a procura pelo melhor prato para a ceia de Natal. O bacalhau tem lugar cativo na cozinha dos portugueses e por isso ouvimos muito falar da importância de uma pesca sustentável, mas já refletiu sobre os resíduos gerados no processo produtivo do mesmo? Um dos atuais projetos de investigação no Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA – de seu nome – SimbioSalt – tem como objetivo o desenvolvimento de uma solução tecnológica para tratar salmouras contaminadas, i.e., soluções saturadas em cloreto de sódio e matéria orgânica, produzidas na etapa de cura do bacalhau.

Pretende-se com este tratamento a obtenção de um produto com valor comercial – salmoura purificada – com diversas utilizações possíveis, respeitando o paradigma da economia circular e de eco-inovação. As salmouras já tratadas foram testadas na indústria do curtume tendo apresentado resultados promissores, sem alteração da qualidade final dos produtos, e que vão ao encontro daquilo que é o objetivo do projeto. Toda a produção de alimentos tem um grande impacto no meio ambiente, sendo essencial que a produção sustentável se mantenha presente e ativa para continuarmos a saborear desta iguaria que encanta toda a família à volta da mesa.

Boas festas!

Luana Sarinho