Projeto ALICE
Dado que o tema deste mês desta nossa rubrica é luta pela ação climática, teriamos que falar obrigatoriamente de Justiça Ambiental. E, de facto, um dos atuais projetos de investigação em curso no Departamento de Ambiente e Ordenamento da UA – com um bonito nome – ALICE - visa abordar e avaliar os conceitos de Justiça Ambiental e Territorial, estabelecendo ligações entre as variáveis ambientais (neste caso poluição do ar) e determinantes sociais, avaliando a equidade territorial e contribuindo para melhorar o envolvimento dos cidadãos.
O principal objetivo é realizar uma análise conjunta da justiça ambiental, por meio da avaliação quantitativa das relações espaciais entre as concentrações dos poluentes atmosféricos (NO2, O3, PM10, PM2.5), emissões, saúde e dados demográficos e socioeconómicos locais no passado e presente; avaliar a percepção dos cidadãos em relação à (in)justiça ambiental (justiça como reconhecimento), com foco na poluição do ar e por fim avaliar a justiça processual em uma escala local, por meio de uma análise de políticas. Por isso, se por acaso o questionarem na rua um dia destes sobre esta temática, não se admire...é por uma boa causa!
Alexandra Monteiro
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Episódios
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ImagemPoluição concelho de Ílhavo04.03.2019Ouvir
Segundo a OMS, nos últimos anos, pelo menos quinze locais em Portugal ultrapassaram o nível máximo de concentração de partículas finas inaláveis, que não deve ser superior a 10 microgramas por metro cúbico de ar. Um destes locais foi Ílhavo, com valores médios anuais de 12 microgramas por metro cubico.
Estas partículas minúsculas entram nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.
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ImagemLareiras domésticas e poluição atmosférica25.02.2019Ouvir
As partículas inaláveis constituem um dos poluentes atmosféricos mais nocivos para a saúde. Sabia que, além de monóxido de carbono, as lareiras emitem elevadas quantidades de partículas? Numa sala com lareira, os níveis de partículas podem ser até 12 vezes superiores aos observados numa sala sem lareira. Permanecer numa sala com uma lareira acesa durante 3 horas equivale a fumar 16 cigarros. Por isso, proteja a sua saúde. A divisão onde a lareira está instalada deve estar bem ventilada e deve haver boa tiragem para os fumos.
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ImagemConsumo Responsável18.02.2019Ouvir
A ONU em 2015 estabeleceu 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável, e o consumo responsável aparece em décimo segundo. O objetivo é fazer escolhas de consumo que minimizem a utilização de recursos naturais, produzam menos resíduos e menos poluição da água e do ar. Ao fazermos consumo responsável estamos a proteger o ambiente e a permitir que as próximas gerações tenham a mesma qualidade de vida que temos atualmente.
E você? Já pensou no seu consumo, é responsável ou irresponsável?