Ondas de Calor: Sinais de Alerta do Clima

Todos falamos e ouvimos a expressão “Onda de calor”, quase diariamente nas ultimas semanas. Mas sabemos a sua definição exata? Em Portugal (e Europa) definimos as ondas de calor como períodos que duram pelo menos 6 dias em que “a temperatura máxima diária é superior em 5 graus ao valor médio diário no período de referência”. Ou seja estamos a falar de um período de cerca de 1 semana. Neste momento este período está inclusivamente a ser muito superior a 6 dias, e a magnitude superior aos 5º.
E isto está relacionado a um fenómeno de “cúpula de calor”. Já ouviu falar? Trata-se de um fenómeno em que uma área de alta pressão atmosférica fica presa sobre uma região (dinâmica atmosférica ao seu redor impede que esta espécie de “cúpula” se mova). Pode-se equiparar este fenómeno a colocar uma tampa numa panela a ferver. O sistema de alta pressão prende o ar quente debaixo dele, que aquece e se comprime para formar uma “cúpula”. Isto intensifica o calor e impede a formação de nuvens, permitindo que ainda mais radiação solar alcance a superfície terrestre e torne as ondas de calor ainda mais persistentes e duradouras.
Espanha teve, provavelmente, o mês de Junho mais quente alguma vez registado, de acordo com o serviço meteorológico nacional Aemet, enquanto a vila de Mora, no sudeste de Portugal, estabeleceu no domingo um novo recorde nacional de temperatura para Junho, com 46,6º.
Mais uma prova, quase diária, das alterações climáticas e do quanto é urgente agir.
Alexandra Monteiro

Episódios
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ImagemPoluição concelho de Ílhavo04.03.2019Ouvir
Segundo a OMS, nos últimos anos, pelo menos quinze locais em Portugal ultrapassaram o nível máximo de concentração de partículas finas inaláveis, que não deve ser superior a 10 microgramas por metro cúbico de ar. Um destes locais foi Ílhavo, com valores médios anuais de 12 microgramas por metro cubico.
Estas partículas minúsculas entram nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.
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ImagemLareiras domésticas e poluição atmosférica25.02.2019Ouvir
As partículas inaláveis constituem um dos poluentes atmosféricos mais nocivos para a saúde. Sabia que, além de monóxido de carbono, as lareiras emitem elevadas quantidades de partículas? Numa sala com lareira, os níveis de partículas podem ser até 12 vezes superiores aos observados numa sala sem lareira. Permanecer numa sala com uma lareira acesa durante 3 horas equivale a fumar 16 cigarros. Por isso, proteja a sua saúde. A divisão onde a lareira está instalada deve estar bem ventilada e deve haver boa tiragem para os fumos.
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ImagemConsumo Responsável18.02.2019Ouvir
A ONU em 2015 estabeleceu 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável, e o consumo responsável aparece em décimo segundo. O objetivo é fazer escolhas de consumo que minimizem a utilização de recursos naturais, produzam menos resíduos e menos poluição da água e do ar. Ao fazermos consumo responsável estamos a proteger o ambiente e a permitir que as próximas gerações tenham a mesma qualidade de vida que temos atualmente.
E você? Já pensou no seu consumo, é responsável ou irresponsável?