O futuro pos-COVID
Já não é novidade que o uso de máscaras para proteção da covid-19 está a criar um "tsunami" de resíduos extra produzidos. A quantidade de plásticos não reutilizáveis aumentou exponencialmente. E muitos desses materiais já estão espalhados no ambiente.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Aveiro tem estudado estes graves efeitos colaterais” ambientais “derivados do combate à pandemia”. Estimaram, com base em estratégias de saúde pública, que a nível mundial são necessárias mensalmente 129 mil milhões de máscaras e 65 mil milhões de luvas. Sabendo que cada máscara cirúrgica, que pesa cerca de quatro gramas, pode demorar 400 anos a degradar-se, é fácil perceber a dimensão preocupantes deste problema.
É urgente encontrar alternativas sustentáveis para as máscaras, luvas e plásticos de utilização única. Entre as principais recomendações avançadas pelos cientistas consta o apelo para que, dentro do possível, esses materiais sejam reciclados depois da sua desinfeção ou quarentena, que se usem preferencialmente máscaras feitas com materiais reutilizáveis e que se regresse ao caminho da economia circular que estava a ser traçado para os materiais plásticos antes de surgir a pandemia. Os compromissos adotados para eliminar os plásticos descartáveis em 2021 já estão comprometidos!
E teremos que ser nós a mudar isso. Eu e você.
Por isso vamos pensar nisto...na próxima vez que tivermos de colocar e tirar a nossa máscara!
Alexandra Monteiro
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Episódios
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ImagemProjeto Claircity – como podemos nós melhorar a qualidade do ar que respiramos11.03.2019Ouvir
Projeto ClairCity – como cada um de nós pode melhorar a qualidade do ar que respiramos
A Poluição atmosférica é o fator ambiental com maior impacto na saúde humana em Portugal e no mundo. Cada um de nós contribui diretamente no seu dia-a-dia para este problema, com as escolhas que fazemos e os comportamentos que adotamos. Mas cada um de nós pode ser parte da solução para melhorar a qualidade do ar e reduzir a pegada de carbono.
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ImagemPoluição concelho de Ílhavo04.03.2019Ouvir
Segundo a OMS, nos últimos anos, pelo menos quinze locais em Portugal ultrapassaram o nível máximo de concentração de partículas finas inaláveis, que não deve ser superior a 10 microgramas por metro cúbico de ar. Um destes locais foi Ílhavo, com valores médios anuais de 12 microgramas por metro cubico.
Estas partículas minúsculas entram nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.
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ImagemLareiras domésticas e poluição atmosférica25.02.2019Ouvir
As partículas inaláveis constituem um dos poluentes atmosféricos mais nocivos para a saúde. Sabia que, além de monóxido de carbono, as lareiras emitem elevadas quantidades de partículas? Numa sala com lareira, os níveis de partículas podem ser até 12 vezes superiores aos observados numa sala sem lareira. Permanecer numa sala com uma lareira acesa durante 3 horas equivale a fumar 16 cigarros. Por isso, proteja a sua saúde. A divisão onde a lareira está instalada deve estar bem ventilada e deve haver boa tiragem para os fumos.
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ImagemConsumo Responsável18.02.2019Ouvir
A ONU em 2015 estabeleceu 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável, e o consumo responsável aparece em décimo segundo. O objetivo é fazer escolhas de consumo que minimizem a utilização de recursos naturais, produzam menos resíduos e menos poluição da água e do ar. Ao fazermos consumo responsável estamos a proteger o ambiente e a permitir que as próximas gerações tenham a mesma qualidade de vida que temos atualmente.
E você? Já pensou no seu consumo, é responsável ou irresponsável?