Incendios australia
Os fogos na Austrália foram um dos últimos eventos extremos e desastres ambientais ocorridos no mundo. Apesar dos incêndios florestais serem uma parte integrante do ecossistema australiano e um processo importante na regeneração da terra, estes fogos bateram todos os records desde que há registo, com as alterações climáticas no topo da lista dos culpados.
Estima-se que 5 milhões de hectares tenham sido destruídos até ao momento com 2000 casas destruídas – uma extensão 5 x maior que os fogos na Amazónia e 50 x os fogos na Califórnia. Estes números são ainda mais dramáticos juntamos a morte de pelo menos 25 pessoas (incluindo bombeiros) e mais de 500 milhões de animais afetados.
Para além do perigo imediato que os fogos causam aos residentes das áreas afetadas, os incêndios são uma ameaça para a saúde humana a curto e longo prazo devido às emissões e degradação da qualidade do ar. São vários os poluentes emitidos pelos fogos florestais, sendo um deles em forma de matéria particulada, cuja exposição tem impactos saúde humana, em particular no aparelho respiratório e sistema cardiovascular. Nas últimas semanas foram medidos valores de PM2.5 acima dos 200 µg.m-3 em diferentes locais na Austrália (incluindo grandes cidades onde vivem milhões de habitantes), estabelecendo valores recordes. Recorde-se que o valor limite médio anual estabelecido pela OMS para as PM2.5 é de 20 µg.m-3. Os poluentes emitidos pelos incêndios na Austrália viajaram já milhares de kilómetros, afetando áreas muito mais remotas como a Nova Zelândia e a América do Sul.
A expressão “o ar é de todos” confirma-se mais uma vez. Um recurso sem fronteiras físicas nem políticas, cuja degradação causa efeitos não só locais como também bastante longe das fontes poluidoras...
Alexandra Monteiro
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Episódios
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ImagemProjeto Claircity – como podemos nós melhorar a qualidade do ar que respiramos11.03.2019Ouvir
Projeto ClairCity – como cada um de nós pode melhorar a qualidade do ar que respiramos
A Poluição atmosférica é o fator ambiental com maior impacto na saúde humana em Portugal e no mundo. Cada um de nós contribui diretamente no seu dia-a-dia para este problema, com as escolhas que fazemos e os comportamentos que adotamos. Mas cada um de nós pode ser parte da solução para melhorar a qualidade do ar e reduzir a pegada de carbono.
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ImagemPoluição concelho de Ílhavo04.03.2019Ouvir
Segundo a OMS, nos últimos anos, pelo menos quinze locais em Portugal ultrapassaram o nível máximo de concentração de partículas finas inaláveis, que não deve ser superior a 10 microgramas por metro cúbico de ar. Um destes locais foi Ílhavo, com valores médios anuais de 12 microgramas por metro cubico.
Estas partículas minúsculas entram nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.
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ImagemLareiras domésticas e poluição atmosférica25.02.2019Ouvir
As partículas inaláveis constituem um dos poluentes atmosféricos mais nocivos para a saúde. Sabia que, além de monóxido de carbono, as lareiras emitem elevadas quantidades de partículas? Numa sala com lareira, os níveis de partículas podem ser até 12 vezes superiores aos observados numa sala sem lareira. Permanecer numa sala com uma lareira acesa durante 3 horas equivale a fumar 16 cigarros. Por isso, proteja a sua saúde. A divisão onde a lareira está instalada deve estar bem ventilada e deve haver boa tiragem para os fumos.
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ImagemConsumo Responsável18.02.2019Ouvir
A ONU em 2015 estabeleceu 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável, e o consumo responsável aparece em décimo segundo. O objetivo é fazer escolhas de consumo que minimizem a utilização de recursos naturais, produzam menos resíduos e menos poluição da água e do ar. Ao fazermos consumo responsável estamos a proteger o ambiente e a permitir que as próximas gerações tenham a mesma qualidade de vida que temos atualmente.
E você? Já pensou no seu consumo, é responsável ou irresponsável?