Custos económicos das alterações climáticas
Ouvimos falar muito de alterações climáticas, certo? Mas não costumamos ouvir sobre o seu custo económico, pois não?
As projeções globais dos danos económicos das alterações climáticas consideram normalmente os impactos das temperaturas médias anuais e nacionais ao longo de horizontes de longo prazo. Estudos empíricos recentes, que usaram mais de 1.600 regiões em todo o mundo nos últimos 40 anos para projetar danos causados pela temperatura e precipitação, concluíram que a economia mundial está comprometida com uma redução do rendimento de 19% nos próximos 26 anos, independentemente do cenário futuro de emissões.
Estes danos já excedem os custos de mitigação necessários para limitar o aquecimento global a 2 °C em 6 vezes.
Estes custos são estimados com base nos danos cometidos sobretudo pelas alterações na temperatura média, mas a contabilização de outras componentes climáticas aumenta ainda mais esta estimativa! As maiores perdas são cometidas em latitudes mais baixas, em regiões com emissões históricas cumulativas mais baixas e com rendimentos mais baixos.
Será que esta afetação de custos a este problema pode ajudar na sua percepção e solução? Esperamos que sim…
Alexandra Monteiro
Este podcast tem áudios Registe-se para ouvir.
Episódios
-
ImagemA agricultura também emite poluentes para a atmosfera?21.04.2019Ouvir
Hoje em dia, investigadores, políticos e cidadãos em geral estão conscientes que a poluição atmosférica é um problema ambiental com riscos para a saúde humana. Também sabemos que o tráfego rodoviário e a indústria são os setores que mais contribuem para a poluição do ar, especialmente nos meios urbanos.
Mas serão estas as únicas fontes de poluição atmosférica relevantes? Será que a agricultura também emite poluentes para a atmosfera?
-
ImagemCidades verdes14.04.2019Ouvir
Num mundo em mudança em que as questões ambientais estão na ordem do dia, e num mundo em que a maioria da população europeia vive e continuará a viver em áreas urbanas, à uma questão de base a que temos de dar resposta.
Em que tipo de cidade queremos nós viver?
-
ImagemPorque nos preocupam os microplásticos nos sistemas aquáticos07.04.2019Ouvir
Os plásticos, em particular os microplásticos (partículas com dimensão inferior a 5 mm), são poluentes ubíquos e persistentes que constituem uma preocupação científica e social emergente. A sua elevada aplicação e uso, aliadas a uma gestão inadequada, contribuíram para a sua acumulação nos sistemas aquáticos, podendo atingir elevadas densidades. Os microplásticos, podendo-se apresentar em diversas cores e formas (como fibras, pellets e fragmentos), podem resultar da fragmentação de macroplásticos ou podem efetivamente ser produzidos com dimensão micro.
-
ImagemQual o impacto dos incêndios na qualidade da água?31.03.2019Ouvir
Os incêndios florestais desempenham um papel importante na produção e mobilização de poluentes, os quais se encontram sobretudo associados às cinzas. Assim, promovida pela chuva, a entrada de cinzas em rios e albufeiras, poderá provocar efeitos tóxicos nas espécies que lá habitam e afetar as várias funções desempenhadas pelo ecossistema. Além disso, estes poluentes podem representar um risco preocupante para a saúde humana, quer pelo consumo de água, quer pelo consumo de peixe contaminado.
-
ImagemA ONU define como 6º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: “Água limpa e Saneamento”.25.03.2019Ouvir
A água limpa e acessível para todos é um direito fundamental de qualquer ser humano. No nosso planeta existe água suficiente para dar resposta a este direito. O problema reside na qualidade dessa água; o Homem nas suas diversas atividades em que consome água, vai alterando a sua composição condicionando a sua posterior utilização. Naturalmente que se reduzirmos o consumo de água, se a descartarmos adequadamente e ela for devidamente tratada, conseguimos que a relação Homem-água seja mais harmoniosa e não hipotecaremos o futuro nesta matéria.