COP27
Começou esta semana a Cimeira do Clima das Nações Unidas, o ponto mais alto da diplomacia em torno das alterações climáticas, onde os países discutem como travar as emissões de gases com efeito de estufa que causam o aquecimento global. O objetivo das discussões é manter viva a meta prevista no Acordo de Paris, que consiste em limitar a subida da temperatura global a até 2 graus Celsius, preferencialmente a 1,5 graus.
António Guterres, secretário-geral da ONU, falou no primeiro dia e pediu um pacto entre países ricos e em desenvolvimento, para combinar capacidades e orientar o mundo para reduzir as emissões de carbono, transformar sistemas energéticos e evitar a catástrofe climática. Este pacto teria todos os países somando esforços adicionais para reduzir as emissões, nações mais ricas e instituições financeiras internacionais prestando assistência às economias emergentes, acabando com a dependência de combustíveis fósseis e a construção de usinas de carvão, fornecendo energia sustentável para todos e trabalhando em união para combinar estratégia e capacidades em benefício da humanidade. Afirmou ainda que as duas maiores economias, Estados Unidos e China, “têm uma responsabilidade particular de unir esforços para tornar este Pacto uma realidade.
Para ele, será uma questão de estabelecer um “Pacto de Solidariedade Climática ou um Pacto de Suicídio Coletivo”. “Esta é a nossa única esperança de cumprir nossas metas climáticas”, adicionou. “Estamos numa auto-estrada para o inferno climático, com o pé no acelerador.” “A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer”.
Esperamos que a palavra cooperar vença esta cimeira!
Alexandra Monteiro
Este podcast tem áudios Registe-se para ouvir.
Episódios
-
ImagemA quarentena (não) ajudou as alterações climáticas?28.06.2020Ouvir
Apesar do confinamento e da paragem causada pela pandemia, a crise climática não deve ser esquecida. Este ano está a caminho de se tornar o mais quente desde que há registos, segundo os dados registados.
A evolução das temperaturas deste ano está próxima da de 2016, um dos anos mais quentes da história.
-
ImagemPlantas a ter em casa!!21.06.2020Ouvir
Sempre ouvimos dizer que as florestas são os pulmões da terra. O que pouca gente sabe é que, na realidade, as plantas podem fazer toda a diferença na qualidade do ar interior!
Pode parecer estranho, mas os interiores de nossas casas podem ser ambientes verdadeiramente tóxicos.
O formaldeído, proveniente de tintas e vernizes, dos móveis em contraplacado e até dos plásticos, liberta-se e paira no ar. O benzeno dos fumos, dos detergentes fortes e das fibras sintéticas. O amoníaco, tão presente em produtos de limpeza e libertado por eletrodomésticos de refrigeração.
-
ImagemHortas (urbanas) verticais?14.06.2020Ouvir
Nesta nova realidade em que vivemos, apostar numa horta em casa pode encher o nosso o olfato e palato de sabores frescos, acabadinhos de apanhar, e também poupar nas compras de supermercado. Conseguimos convencê-lo? Esperamos que sim!
Aqui vamos dar algumas dicas para ajudar:
O mais importante é escolher espécies com raízes mais curtas, uma vez que vão crescer em recipientes mais pequenos que o habitual … e também não convém serem demasiado altas.
Por exemplo: alface, tomate-cereja, couve, rúcula, orégão, agrião, menta, tomilho, malagueta ou mesmo morangos.
-
ImagemQue curso escolher?07.06.2020Ouvir
Vais escolher o teu curso superior daqui a uns dias e decidir um pouco do teu futuro?
E gostarias de decidir também sobre o futuro do nosso planeta?
Sim? Então este minuto é para ti...
-
ImagemEngenharia de águas residuais31.05.2020Ouvir
Já pensou para vão os seus esgotos? Em Portugal, cada cidadão consome diariamente nas actividades domésticas quase 200 litros de água. Grande parte dessa água acaba no esgoto, onde tem que ser devidamente encaminhada e tratada, antes de voltar ao meio ambiente de forma segura.
O tratamento das águas residuais é uma indústria complexa. Não acredita? As estações de tratamento de águas residuais, as ETAR, são verdadeiras fábricas que processam diariamente 1,7 milhões de metros cúbicos de água em Portugal. São cerca de 700 piscinas olímpicas!