COP27
Começou esta semana a Cimeira do Clima das Nações Unidas, o ponto mais alto da diplomacia em torno das alterações climáticas, onde os países discutem como travar as emissões de gases com efeito de estufa que causam o aquecimento global. O objetivo das discussões é manter viva a meta prevista no Acordo de Paris, que consiste em limitar a subida da temperatura global a até 2 graus Celsius, preferencialmente a 1,5 graus.
António Guterres, secretário-geral da ONU, falou no primeiro dia e pediu um pacto entre países ricos e em desenvolvimento, para combinar capacidades e orientar o mundo para reduzir as emissões de carbono, transformar sistemas energéticos e evitar a catástrofe climática. Este pacto teria todos os países somando esforços adicionais para reduzir as emissões, nações mais ricas e instituições financeiras internacionais prestando assistência às economias emergentes, acabando com a dependência de combustíveis fósseis e a construção de usinas de carvão, fornecendo energia sustentável para todos e trabalhando em união para combinar estratégia e capacidades em benefício da humanidade. Afirmou ainda que as duas maiores economias, Estados Unidos e China, “têm uma responsabilidade particular de unir esforços para tornar este Pacto uma realidade.
Para ele, será uma questão de estabelecer um “Pacto de Solidariedade Climática ou um Pacto de Suicídio Coletivo”. “Esta é a nossa única esperança de cumprir nossas metas climáticas”, adicionou. “Estamos numa auto-estrada para o inferno climático, com o pé no acelerador.” “A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer”.
Esperamos que a palavra cooperar vença esta cimeira!
Alexandra Monteiro
Este podcast tem áudios Registe-se para ouvir.
Episódios
-
ImagemImpacto do conflito na Ucrânia – Energia25.04.2022Ouvir
A invasão da Ucrânia pela Rússia deixou o mundo em choque na manhã de 24 de fevereiro, esta guerra que pode ser a maior desta geração e talvez o conflito mais grave no Ocidente desde a Segunda Guerra Mundial.
À crise humanitária na Ucrânia vai também juntar-se uma crise económica, alimentar e energética.
E neste ultimo ponto, sentimos agora a fragilidade do sistema energético atual e a necessidade de acelerar a transição energética para fontes mais sustentáveis e limpas.
-
ImagemDia da Terra18.04.2022Ouvir
Sabia que o Dia da Terra foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson? Preocupado com a degradação do ambiente e conservação da biodiversidade, liderou um movimento ativista para a criação de uma agenda ambiental, levando à mobilização dos estudantes das universidades dos EUA que culminou com a primeira manifestação do Dia da Terra, no dia 22 de Abril de 1970.
Esta iniciativa levou o governo dos Estados Unidos a criar a Agência de Proteção Ambiental e à aprovação de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
-
ImagemPós-graduações na UA11.04.2022Ouvir
Sabias que já saiu o aviso de abertura das candidaturas a cursos de Pós-graduação - Edição 2022-2023 da UA? É verdade. Trata-se da 1ª fase destas candidaturas que irá decorrer de 15 a 26 de abril!
Estes cursos de pós-graduação envolvem mestrado, programas doutorais, cursos de especialização e de formação avançada, e se pretendes algum na área do ambiente, a oferta é variada!
Desde o mestrado em Eng. do Ambiente ou o mestrado em sistemas energéticos sustentáveis.
-
ImagemPoupar água em tempos de seca04.04.2022Ouvir
Tal como prometido, esta semana vamos dar-lhe alguns conselhos para ajudar a minimizar o problema da seca em Portugal. Hábitos simples que todos nós podemos adotar no nosso dia a dia e que podem fazer a diferença!
O consumo de mais alimentos sazonais e menos carne ajuda automaticamente a reduzir a nossa dependência de água para a produção de alimentos.
Usar as máquinas de lavar roupa e loiça apenas quando tiverem a carga máxima
-
ImagemDia da Água28.03.2022Ouvir
Sabias que no dia 22 março celebra-se o dia Mundial da Água? Talvez sim.
Mas sabias que mais de 90% do território português chegou a seca severa ou extrema no dia 15 de fevereiro? De acordo com dados revelados no último boletim de seca, divulgado a 21 de fevereiro, pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), existe um novo agravamento da situação de seca meteorológica no País.
A percentagem de água no solo é inferior ao normal em todo o território, sendo as regiões do nordeste e sul as mais afetadas, apresentando valores de humidade no solo inferiores a 20%.