As cidades europeias estão preparadas para a crise climática?

As alterações climáticas já não são uma ameaça distante — são uma realidade presente. Ondas de calor mais intensas, inundações frequentes, secas prolongadas... e grande parte da população vive em cidades. Mas será que as nossas cidades estão preparadas?
Mitigar ou adaptar: qual a diferença?
Mitigação significa reduzir as causas das alterações climáticas — por exemplo, cortar nas emissões de gases com efeito de estufa, apostar em energias renováveis ou tornar os edifícios mais eficientes.
Adaptação é preparar-se para lidar com os impactos já inevitáveis — como criar zonas de sombra, reforçar o sistema de drenagem para evitar cheias ou desenvolver alertas para ondas de calor.
O problema? Muitas cidades focam-se apenas na mitigação, quando os impactos já estão a acontecer. Mitigar é essencial, mas adaptar-se é urgente.
A cidades europeias enfrentam vários desafios:
Centros urbanos com pouco espaço verde e muito betão, que aumentam o calor
Infraestruturas antigas, pouco preparadas para fenómenos extremos
Desigualdades sociais que tornam algumas populações mais vulneráveis
Então o que é que precisa de mudar?
Mais soluções baseadas na natureza, como parques e telhados verdes
Transportes públicos e bicicletas como alternativas reais ao carro
Planos de emergência climática locais e políticas que envolvam os cidadãos
Investimento em justiça climática, para que ninguém fique para trás
As cidades europeias têm os meios e o conhecimento. Mas será que têm a vontade política e a urgência necessária?
A crise climática já está aqui, preparar as cidades para o futuro começa hoje.
Diana Patoilo

Episódios
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Mas o que é a Floresta Autóctone? A Floresta Autóctone consiste numa floresta de árvores originárias do próprio território. Em Portugal, as árvores autóctones representam cerca de 72% da floresta, existem cerca de 103 espécies de árvores autóctones, mas apenas quatro espécies representam 61% da área florestal total em Portugal continental, o pinheiro-bravo, o sobreiro, a azinheira e o pinheiro-manso.
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Já como todos devem saber, uma das medidas que integra o pacote de apoios às famílias que o Conselho de Ministros extraordinário aprovou para mitigar o impacto do aumento do custo de vida no rendimento, foi o da redução de 13% para 6% da taxa do IVA sobre a eletricidade, com a entrada em vigor a 1 de outubro.
Mas esta redução depende do nível de consumo, sendo apenas válida para nos primeiros 100 kWh de consumo de eletricidade. Ou seja, trata-se de uma medida que- mais uma vez- privilegia quem gasta menos.