Os mariscadores da Ria de Aveiro falam em futuro incerto com as limitações à captura de bivalves imposta pela reclassificação da maior área de apanha.
Há os que ponderam seguir para a pesca longínqua, os que aconselham os filhos a procurar outras profissões e falam mesmo num quadro de fome.
Marisa Valente, 38 anos, mariscadora da Torreira, diz que só uma vida familiar com emprego alternativo permite aguentar os embates de momentos como este de crise sanitária (com áudio)
A recente proibição de apanha de algumas espécies na RIAV1, entre a Torreira e São Jacinto agravou o problema.
Com análises de 15 em 15 dias e com parâmetros a cumprir, o regresso à atividade pode levar meses.
Os mariscadores dizem que podem receber até 90 dias de apoio pelas interdições mas em casos mais duradouros ficam sem rede.
No caso da ria de Aveiro, os problemas de poluição agravam as incertezas (com áudio)
Entrevistada pela Terra Nova, Marisa Valente falou de um quadro difícil em que não é possível fazer planos para o futuro.
Com um filho de 14 anos, esta mariscadora diz que as escolhas de futuro profissional são ainda “incertas” (com áudio).