O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte afirma que não está a ser cumprido o acordo estabelecido para recolha de amostras de análise das águas.
No acordo, alcançado no dia 21 de Dezembro de 2020, ficou decidido que as amostras seriam recolhidas à quinta.
“Reafirmamos que as recolhas ao serem feitas às quintas-feiras, como proposta da Dra. Teresa Coelho, Secretária de Estado das Pescas, será o primeiro passo a ser dado para que todas as suspeições e desconfianças sobre a origem das toxinas deixe de existir”.
“Este acordo precisa de ser colocado em prática para que dessa forma as comunidades piscatórias possam organizar o seu trabalho, e foi com esse espírito que essa decisão foi tomada”.
O Sindicato vai mais longe e diz que as recolhas de bivalves para serem analisados pelo IPMA foram feitas depois desses bivalves “serem vendidos” em lota “e a caminho de ser comercializados”.
Em nota divulgada, esta quarta, o Sindicato revela que há situações que “criam um mau estar nas comunidades piscatórias”.
“Estas situações criam uma justa revolta no seio dos pescadores, que agora parece preocupar a quem no passado, ainda e hoje, não quer resolver verdadeiramente o problema. Continuaremos a afirmar que os problemas ambientais que envolvem a Ria de Aveiro, são o foco das toxinas, mas também afirmamos que será necessário que as entidades competentes, como o Ministério do Ambiente, o IPMA e as Autárquicas ouçam as comunidades piscatória e desenvolvam um trabalho planificado para que no futuro não sejamos confrontados com situações como estas”.