O Sindicato das Pescas do Norte pede medidas extraordinárias para o setor da pesca.
Alega que este é um dos setores em situação difícil com reflexos na vida dos trabalhadores das micro, pequenas e médias empresas do sector.
“A acentuada quebra do preço do pescado em primeira venda, já de si insuficiente, tem contribuído para a paragem de muitas embarcações, colocando inúmeras famílias numa situação muito difícil e insustentável”.
O STPN exorta o Governo a adoptar “medidas extraordinárias” de apoio ao sector, tal como acontece a outras áreas da economia, por forma a garantir os rendimentos dos pescadores, como seja a introdução de mecanismos de combate à desvalorização do pescado na primeira venda, assegurar a manutenção de abastecimento público de pescado e a criação de regimes especiais de comercialização de pescado.
“O STPN manifesta o seu profundo desacordo quanto à possibilidade de recorrer ao Fundo de Garantia Salarial dos Profissionais da Pesca (FGS) para fazer face à actual situação”.
O FGS destina-se a compensar os trabalhadores da pesca quando confrontados com intempéries, impraticabilidade dos portos ou barras ou com as consequências dos planos de gestão das pescarias que obrigam a suspender a actividade.
“Ora, o que enfrentamos é uma situação extraordinária, pelo que a resposta passa por medidas extraordinárias. O sector da pesca não pode ser, uma vez mais, discriminado, pela negativa, ficando de fora de medidas de apoio extraordinário”.