A Câmara de Sever do Vouga revela preocupação pelos danos provocados por javalis no concelho.
Como resposta, a autarquia quer promover a colaboração interassociativa de forma a minimizar esta problemática.
O concelho tem, maioritariamente, o seu território classificado em regime ordenado, restando ainda algumas áreas pontuais em regime livre.
A autarquia tem reunido com as diferentes organizações gestoras das zonas de caça, a última das quais decorreu no passado dia 27 de abril, motivada, sobretudo, pelo descontentamento crescente por parte da população.
A pedido da autarquia, foi solicitado às associações presentes que promovessem métodos de abate ou afugentamento da espécie para minimizar os danos agrícolas, que fossem solicitados pedidos de correção extraordinários ao ICNF, assim como dedicadas mais jornadas de caça a esta espécie nos planos de exploração das ZCM de forma a aumentar o período de incidência da caça sobre esta espécie.
Foram expostas as ações já efetuadas desde o início do ano, tendo registado já um total de abates muito próximo dos 30 exemplares, através de montarias e esperas efetuadas. Constatou-se que este último método de caça, as esperas, tem sido o mais eficaz no controle de exemplares.
Porém, sendo um método essencialmente noturno e silencioso, tem passado despercebido às populações a sua realização e os consequentes resultados.
As associações expuseram também os condicionantes legais que impedem a caça junto às povoações, zonas industriais e as restrições dos períodos de caça que condicionam o abate de javalis.
Foi definido um circuito de comunicação das queixas que a população transmite ao município, que envolve a informação conjunta ao ICNF e à respetiva associação da ZCM da área reportada, com vista, caso seja possível, à realização de ações de abate ou afugentamento nesse local.