A Quercus continua a denunciar a ameaça das espécies de flora exóticas invasoras à biodiversidade e aos serviços dos ecossistemas. Em Portugal, "são bem conhecidas algumas espécies exóticas invasoras, como as acácias, entre as quais estão a Acácia-de-espigas, Acácia-Austrália e a Acácia-mimosa". "Estas espécies de acácia encontraram no nosso país condições muito favoráveis à sua proliferação (sem predadores naturais e com vantagens competitivas relativamente às espécies nativas) ocupando vastos territórios. A sua disseminação na zona centro, já para só falar na parte litoral da nossa região, tem alterado a própria paisagem e atingindo um nível deveras preocupante. Veja-se por exemplo, a generalidade do sistemas dunar da nossa região, nomeadamente o caso da Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto, ou, mais no interior, o caso da Serra do Caramulo", é referido em comunicado. A propagação descontrolada destas espécies "tem graves impactos nos ecossistemas, dado que crescem vigorosamente e formam aglomerados densos que dominam sobre a vegetação herbácea e arbustiva autóctone, criando barreiras à circulação de pessoas nas áreas invadidas e utilizando os recursos disponíveis para as outras espécies, que de resto dificilmente conseguem desenvolver-se". O controlo destas espécies invasoras "exige uma gestão bem planeada, uma vez que as medidas de controlo são especialmente complexas e onerosas", refere a Quercus que apela aos proprietários de terrenos invadidos por acácias e às entidades públicas ou privadas que sejam gestoras de áreas verdes, que efetuem o controlo destas espécies, "de modo a estancar a sua expansão descontrolada".
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