Delegados sindicais ligados ao ensino declaram apoio à trabalhadora corticeira Cristina Tavares e ao Sindicato Operário dos Corticeiros do Norte.
Ao mesmo tempo, manifestam à Associação Portuguesa da Cortiça, representativa das empresas do sector, a sua “condenação pelo comportamento do patrão da empresa” que levou ao despedimento da funcionária.
Prometem apoio desde logo na marcha marcada para este sábado, dia 19, entre o Parque de Santa Maria de Lamas e a sede da Associação Portuguesa da Cortiça.
Os dirigentes e delegados do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), docentes pertencentes a escolas da região centro, reunidos em plenários de delegados e dirigentes sindicais, “manifestam o seu firme repúdio pelo tratamento persecutório que a administração da empresa Corticeira Fernando Couto, sediada em Santa Maria de Lamas, tem vindo a exercer junto da trabalhadora Cristina Tavares”.
Depois do apoio declarado pelo sindicato do setor outros sindicatos unem-se à luta. O dos professores esclarece que depois de o tribunal ter ordenado a reintegração, o patrão tratou a empresa “de forma inaceitável, violenta e persecutória”.
“Não satisfeito, após a reintegração, volta a despedi-la na sequência de um processo disciplinar forjado com esse fim, numa linha de assédio moral totalmente inadmissível no quadro de um Estado de Direito Democrático.”, declara o Sindicato de Professores com quadros sindicais nos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.
Na tomada de posição aprovada, os professores presentes declaram o seu empenho na divulgação e denúncia da “atitude repressiva e incivilizada demonstrada pelo patrão da Corticeira Fernando Couto”.
A administração da unidade de Paços de Brandão, Feira, tinha suspendido em novembro a trabalhadora no âmbito de um processo disciplinar e o processo terminou em despedimento por justa causa com a empresa a alegar prejuízos para a reputação da firma.
A decisão da empresa vai ser contestada pela trabalhadora com o apoio do sindicato.