A plataformaCidades questiona o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território e diz que se preocupou em aprofundar o tema mesmo que as entidades públicas não o façam.
Depois da realização de vários encontros, o grupo de reflexão cívica dirige o documento com as conclusões ao Ministro do Ambiente e à coordenadora científica da equipa que elaborou o dito Programa.
Na agenda a Ria de Aveiro e o Baixo Vouga Lagunar, a ligação ferroviária Aveiro – Salamanca e a organização de um território com várias cidades e vários núcleos.
Manifesta dúvidas sobre o modo de inter-relação Aveiro – Porto ao invés do que entende ser uma “artificial” criação de um “triângulo relacional integrando Aveiro – Coimbra – Viseu.
E considera incompreensível a “falta de estudos e propostas nos domínios da Poluição”, nomeadamente Atmosférica uma vez que a localização e tipologia de atividades instaladas a barlavento de Aveiro é marcante.
Diz recusar soluções que não passem pela ligação direta entre Aveiro e Salamanca e não aceita o traçado pela Pampilhosa. “Não se considera razoável e recusa-se o traçado inscrito em planta do PNPOT que, ao que parece, arranca com essa ligação a partir da Pampilhosa”.
Fala em “aparente desconsideração da Ria de Aveiro como território e espaço singulares" e rejeita ainda o que diz ser a "desconsideração do Baixo Vouga Lagunar como território singular", carecido de conservação e reabilitação urgentes.
E entende que falta consolidação do modelo polinuclear das cidades da região. “Nisso, o tipo e modo de relação entre o conjunto e o (grande)Porto (do Noroeste Global), parecem críticos, não apenas para o dito conjunto, mas também para Aveiro (região) e (grande) Porto, suscitando clarificações que, essas sim, favoreceriam a emergência doutros enlaces de outro nível e qualidade”.
Este grupo de académicos e pensadores defende uma melhor relação no "corredor" Aveiro – Oliveira de Azeméis – Porto associando Ílhavo e envolvendo, Águeda e Albergaria a Velha.
Há também uma crítica ao que diz ser o aparente “alheamento, quer das Autarquias e CIRA, quer de algumas outras Entidades e, obviamente, dos Partidos, relativamente ao conteúdo do PNPOT”.