Aveiro assinala o Dia Mundial da Bicicleta com programa durante o fim de semana.
A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta propõe a apresentação do “Espetáculo Musical em Bicicleta”, esta sexta, no Parque da Cidade, no âmbito das atividades do EcoAventura 2022, entre as 9h30 e as 12h30.
Este é um projeto musical em bicicleta numa colaboração da Ciclaveiro com o professor Paulo Maria Rodrigues, da Universidade de Aveiro, e com a Design Factory, numa parceria com a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e o GAFe Bike Lab da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré.
No domingo, dia 5, há Ciclo Passeio Escolar em Bicicleta que junta as 4 escolas do ensino pré-escolar e ensino básico do Agrupamento de Escolas de Aveiro (EB1 Barrocas, Pré Escolar Barrocas, EB1 Santiago, Pré Escolar Santiago, EB1 Glória e EB1 Vera Cruz), num percurso pela cidade que pretende promover o uso da bicicleta nas deslocações diárias.
Este passeio assinala o encerramento do mês de maio como mês da mobilidade escolar ativa e sustentável.
Procura fomentar a utilização da bicicleta nas deslocações para a escola e aumentar as deslocações a pé.
O Ciclo Passeio parte de cada uma das escolas participantes, com passagem pelo CMIA (Centro Municipal de Interpretação Ambiental) e termina no Parque da Cidade com um piquenique partilhado.
A MUBi, outra das organizações dedicadas à mobilidade, pede aos decisores políticos “mais compromisso e empenho” na mudança do paradigma da mobilidade, priorizando as deslocações a pé e em bicicleta e o transporte público, em detrimento da utilização do automóvel individual.
A Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável 2020-2030, com três anos, traçou o objetivo de chegar a 2025 com 4% das deslocações nas cidades portuguesas feitas em bicicleta, o que corresponde a multiplicar por dez a utilização da bicicleta nas áreas metropolitanas face a 2017.
Até 2030, pelo menos uma em cada dez viagens nas cidades deverá ser feita neste modo, reduzindo o uso do automóvel, para o que será preciso criar mais de meio milhão de ciclistas quotidianos até ao final da década.
“Alcançar estas metas exige um grande esforço e investimento colectivo do Estado para uma profunda transformação da mobilidade urbana. Contudo, cumpridos 25% do seu período de implementação, a ENMAC 2020-2030 está muito atrasada e em risco de falhar as metas intercalares para 2025. Urge, por isso, que haja liderança política e alocação de recursos humanos, técnicos e financeiros para a coordenação e execução das medidas desta Estratégia e a prossecução dos seus objectivos”.
Rui Igreja, dirigente da MUBi, realça que “a bicicleta fica bem nos discursos políticos, mas isso não chega”.
“É preciso que os decisores políticos, nacionais e locais, passem das palavras à acção. Privilegiar a utilização da bicicleta e o caminhar nas políticas urbanísticas e de mobilidade, em detrimento do automóvel, é das formas mais fáceis e eficientes de reduzirmos o consumo de combustíveis fósseis e as emissões. Ao mesmo tempo estaremos a contribuir para a saúde pública, a economia das famílias e cidades mais seguras, resilientes e sustentáveis.”