O Museu Marítimo de Ílhavo emitiu uma nota de pesar pelo falecimento de Mário Ruivo. Especialista em Oceanografia Biológica, foi pioneiro da Biologia marinha em Portugal. Na qualidade de jovem cientista do Instituto de Biologia Marítima, nos anos cinquenta do século passado participou ativamente nos primeiros programas de estudo das populações de bacalhau do Atlântico Norte.
“Desse trabalho e convívio a bordo dos navios bacalhoeiros guardava e exprimia gratas recordações. Fê-lo em diversas conferências no Museu Marítimo de Ílhavo, simpatia que o Museu retribuiu com uma exposição de fotografias suas e com a edição de um inédito que escreveu no mar, em co-autoria com o piloto António Nunes de Oliveira”, recorda o Museu.
“A dimensão humanista de Mário Ruivo e o seu excecional contributo para as causas do mar em Portugal e para uma visão integrada do Oceano marcaram profundamente as políticas públicas do mar. Era um homem generoso, criativo e profundamente inquieto. Saliente-se o seu enorme contributo para a atual Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que constitui o principal instrumento de governação dos Oceanos e salienta-se o seu grande contributo para o projeto da Expo’98”.
Era também confrade da confraria gastronómica do bacalhau que fez questão de recordar a ligação à promoção do "fiel amigo".