A MUBi gosta da ideia de criar corredores cicláveis na renovação da Avenida Mário Sacramento mas diz que é necessário ir mais longe e impor limites de velocidade mais baixos, dimunuir o volume de tráfego e acabar com o conceito de atravessamento da cidade.
É a primeira reação à operação de qualificação urbanística prevista para o arruamento dos bombeiros Velhos de Aveiro.
A MUBi afirma como “premente” a necessidade de “resgatar espaço público ao automóvel na cidade e devolvê-lo para usufruto das pessoas”.
“Contudo, nunca é demais recordar que não é possível obter-se conforto e segurança de circulação dos utilizadores dos modos activos sem redução dos volumes e velocidades de tráfego motorizado. Estes deverão ser objectivos primários e parâmetros base de projecto da intervenção na Rua Dr. Mário Sacramento”.
A redução do volume de tráfego motorizado, a redução da velocidade de circulação motorizada para um máximo de 30 km/h e o tratamento das interseções e gestão de tráfego que aumentem a segurança de todos os utentes são pilares da intervenção nos critérios da MUBi.
Há vários pontos “negros” que a MUBI quer rever e aponta como exemplos os cruzamentos com a Rua da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e com a rua da Praceta Rainha D. Leonor.
A sul, o atravessamento da Avenida Europa (antiga N-109), em direção ao Centro Comercial Glicínias e à área residencial envolvente, a Aradas e a São Bernardo, é também colocado na lista negra.
Um quadro que se agrava quando a leitura passa pela avenida Europa, antiga EN109.
“Aliás, a situação actual da referida Avenida Europa é intolerável numa cidade europeia do sec. XXI, onde o espaço pedonal e para o uso da bicicleta é inexistente, mesmo após as recentes intervenções com a construção do Supermercado Mercadona”.
Passeios mais largos, vias mais reduzidas para o automóvel e passagens de atravessamento de peões à cota dos passeios são medidas sugeridas para acalmia de tráfego.
A MUBI pede equipamentos adequados ao parqueamento seguro de bicicletas junto das paragens de autocarro e deixa claro que a mobilidade é tema central no futuro das cidades.
“Cidades mais amigas do peão e da bicicleta, são cidades mais resilientes e saudáveis, habitadas por cidadãos mais capazes, física e mentalmente, de enfrentar os desafios atuais e futuros da crise económica, social e ambiental”.