O Movimento de Amigos da Ria de Aveiro solicita a intervenção direta dos Presidentes de Câmara dos municípios da Ria para tentar o desassoreamento das marinas dos clubes e associações náuticas no no âmbito do atual plano de desassoreamento em curso.
Numa carta dirigida aos autarcas de Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Ovar e Vagos e ainda aos presidentes da Polis e da CIRA, o Movimento de Amigos da Ria de Aveiro reivindica a integração das infraestruturas dos clubes e associações náuticas nos planos de desassoreamento em curso na Ria de Aveiro.
O MARIA lembra que o anúncio recente da inclusão de 22 cais da pesca no plano de desassoreamento da Ria, conjugado com a ação em curso nos principais canais, “constitui uma oportunidade única para se resolver um problema que subsiste há décadas e que a todos tem vindo a afetar por igual”.
Os argumentos apresentados na semana passada ao Governo foram repetidos com o movimento Maria a considerar um “erro” desenvolver uma obra parcelar.
Para os Amigos da Ria, “abandonar os clubes e associações náuticas e excluí-los desta ação concertada de desassoreamento em curso na Ria de Aveiro pode, em alguns casos, abreviar o seu desaparecimento e é revelador de uma certa forma de desprezo pela sua ação e atividade junto das comunidades”.
Lembram o papel dos clubes no fomento do desporto náutico, ensino e formação nas artes de marear e ainda na ocupação de tempos livres”.
“Deixar aos clubes e associações náuticas a responsabilidade e a tarefa de desassorearem as pequenas parcelas da Ria onde estão montadas à superfície as suas infraestruturas significa individualizar um problema que é fundamentalmente da responsabilidade de quem tutela a Ria de Aveiro e representa o abandono à sua sorte de um conjunto de entidades com capacidade de gerar dinamismo, riqueza e emprego na região”, conclui.