A Amnistia Internacional – Portugal vai estar em Aveiro, este fim de semana, com a “Maratona de Cartas”.
Escolheu o Complexo da Associação Desportiva da Taboeira, entre as 9h00 e as 13h00, para o maior evento de ativismo a nível global e dar a conhecer os cinco casos da Maratona de Cartas 2021, referentes a pessoas em risco e defensores de direitos humanos que, pelo seu trabalho, enfrentam tortura, perseguição ou prisão injusta.
Ano após ano, a Maratona de Cartas envolve milhões de pessoas em todo o mundo, desafiando-as a assinarem petições e escreverem mensagens de solidariedade que, ao longo dos últimos 20 anos, têm trazido muitas vitórias de direitos humanos e ajudado na libertação de muitas pessoas.
Só em 2020, foram reunidas mais de 128.000 assinaturas em Portugal e mais de 4,5 milhões em todo o mundo.
Esta vigésima Maratona de Cartas apresenta cinco casos.
Bernardo Caal Xol (defensor dos direitos ambientais na Guatemala), Zhang Zhan (jornalista cidadã que foi perseguida na China, quando expôs informação sobre a pandemia da COVID-19 que o governo chinês pretendia esconder), Mikita Zalatarou (um jovem preso, agredido e alvo de tortura na sequência de um julgamento injusto na Bielorrússia), Ciham Ali (que sofreu um desaparecimento forçado na Eritreia), e Janna Jihad (uma das mais jovens jornalistas no mundo, alvo de assédio e ameaças de morte por documentar o tratamento opressivo, e muitas vezes letal, do exército israelita para com palestinianos, em particular, as crianças) são os rostos da “Maratona de Cartas”.
O projeto aposta em eventos em escolas por todo o país e o jogo desafia jovens a tornarem-se embaixadores de cada um destes casos, ligação com figuras públicas e personalidades nacionais e internacionais, ações de rua e eventos como este na Associação Desportiva da Taboeira.
Vai ao encontro das famílias durante os jogos de formação deste sábado.
Os cidadãos presentes podem assinar mas podem, também, ser promotoras de pequenos eventos, em casa, em convívios ou através de partilha digital, junto dos seus familiares, amigos, colegas de trabalho, associações, ou outros grupos de que façam parte.
A Amnistia Internacional lançou este repto a universidades, associações académicas, organizações de juventude, câmaras municipais e até empresas.
A organização tem uma página dedicada inteiramente a dar dicas e apoio a quem quiser envolver-se mais e organizar um pequeno evento: https://www.amnistia.pt/maratona-organizar/
“Fazer parte deste projeto é uma ação de ativismo e solidariedade que pode marcar a diferença. Cada assinatura conta, e cada carta lembra estas pessoas que não estão esquecidas nem sozinhas. Pedimos, por isso, a todos os portugueses, o máximo de envolvimento: desde a assinatura de uma petição ou uma carta de solidariedade, às conversas sobre a maratona de Cartas, ou à organização de pequenos eventos nas suas comunidades e grupos, para que o projeto possa chegar a Portugal inteiro até ao fim de janeiro”, desafia Paulo Fontes.
A solidariedade que traz vida à Maratona de Cartas tem contribuído para inúmeros casos de sucesso, onde as pessoas foram libertadas. Uma dessas vitórias foi o caso de Moses Akatugba, o de Germain Rukuki, o de Paing Phyo Min, o do Grupo de Solidariedade LGBTI+ da Universidade Técnica do Médio Oriente, entre outros, que podem ser consultados no site da Amnistia Internacional Portugal.