A Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré afirma que a Gafanha “está em festa” pela entrada em funcionamento da Estação de Monitorização da Qualidade do Ar, na envolvente do Porto de Aveiro. “É um dia grande para a nossa Cidade e para o Porto de Aveiro”.
Relembra o processo desencadeado há cerca de três anos com a contestação à forma como se processava a movimentação de petcoke no Porto de Aveiro como a “chave” que permitiu ganhar condições de monitorização.
“Mas não somos ingénuos e sabemos que se não tivéssemos despoletado o problema, não tivéssemos o apoio das populações, não conseguíssemos despertar o interesse dos meios de comunicação social, nomeadamente da televisão, a poluição pelo Petcoke, bem como de outros produtos, continuaria exatamente igual como há 3 anos”.
O equipamento agora instalado para Monitorização da Qualidade do AR terá capacidade de avaliar parâmetros sobre partículas em suspensão PM10 e PM2,5; Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno, Xileno; Óxidos de azoto (NOx, NO, NO2); Monóxido de carbono (CO) e Dióxido de Enxofre (SO2).
A ADIG valoriza a capacidade para comunicar, em tempo real, alertas caso os poluentes ultrapassem os limites legais. “Todos temos de estar contentes pela instalação deste equipamento e aguardamos com a mesma expectativa a implementação da Barreira Eólica contra ventos dominantes e da Bacia de Contenção de Lixiviados, para não haver escorrência para a Ria”.
Humberto Rocha fala em clima de “confiança” assente numa capacidade de diálogo que se estabeleceu com a Administração do Porto de Aveiro liderada por João Pedro Braga da Cruz (com áudio).