O Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação de Estarreja assume que há muito a fazer em nome da igualdade a começar pela estrutura camarária.
Com o Plano apresentado, ficaram claras algumas realidades como a existência de disparidades laborais entre homens e mulheres e a noção de são as mulheres quem assume maioritariamente as atividades domésticas.
A questão dos rendimentos continua a dominar as atenções.
Apesar de existirem mais mulheres que homens em cargos dirigentes há ganhos médios superiores de homens. O mesmo acontece nas empresas.
O diagnóstico apresentado, e que assenta num inquérito, revela que no universo autárquico 12,5% dos funcionários admitiram ter sido vítimas de assédio moral e insultos.
E a grande maioria entende que o Município está a falhar na formação sobre igualdade de género.
Diamantino Sabina, autarca de Estarreja, admite que em sociedades conservadores o caminho ainda é longo mas vai ser cumprido (com áudio)
Isabel Simões Pinto, vereadora da Câmara de Estarreja, explica que o trabalho já está em curso há algum tempo com intervenção junto das escolas como forma de assegurar mudanças geracionais.
Peças soltas que, de forma mais ou menos direta, há muito se preocupam com as questões da igualdade.
Outros dos focos está relacionado com o multiculturalismo.
Há cidadãos de 83 nacionalidades em Estarreja que é necessário conhecer e compreender mas a quem deve ser dado a conhecer a forma de estar dos portugueses e dos seus princípios (com áudio).
Em Portugal há 180 Planos Municipais já aprovados e em execução.
Adelino Ribeiro, do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, deixou vincada a importância de coligir planos e ações que já fazem parte das práticas da autarquia em diferentes domínios.
E acentua a importância do papel das famílias e das escolas (com áudio)
O Vice-Presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Manuel Albano, considera que “os municípios têm um papel fundamental e conseguem congregar um conjunto de forças desde o setor social ao setor empresarial”, reunindo os/as estarrejenses e entidades “num fim último, produzir uma sociedade mais inclusiva, mais capaz de olhar a diferença e planear de forma distinta, onde a descriminação não faça sentido”.