As Escolas Profissionais e os estabelecimentos de ensino especializado ainda não receberam, este ano lectivo, as verbas do Ministério da Educação e Ciência (MEC). Muitas Escolas correm o risco de ruptura financeira.
As Escolas Profissionais esperam pelo dinheiro. Em causa estão dezenas de milhões de euros que até agora não foram transferidos do Estado para a conta das Escolas. Situação que está a pôr em causa o pagamento de ordenados e subsídios. Esse não é o caso da Escola Profissional de Aveiro (EPA). Jorge Castro, Director da EPA denuncia uma dívida do Estado de 1,3 milhões de euros à Escola que dirige. "Há dinheiros em atraso. Esse atraso é significativo. Um terço do ano lectivo já lá vai. Num orçamento de cinco milhões de euros estão em falta cerca de 1,3 milhões", disse na Terra Nova. "Tivemos de ir à banca e à custa do nosso esforço, estamos a ajudar o Orçamento Geral do Estado. Aqui, quem gere a instituição teve de se 'atravessar' na banca, como é o meu caso. Temos de suportar juros elevados e esse factor retira-nos capacidade de financiamento. O que gastamos nos juros não pode ser aplicado noutros projectos", lamentou Jorge Castro.
Na EPA todos os compromissos entretanto assumidos "foram respeitados". A solução "poderá estar para breve". O pagamento da dívida poderá ser consumado em Fevereiro. "Não faltámos com a alimentação aos alunos, não se faltou com o transporte, com o pagamento aos professores e fornecedores", garantiu.
Esta é uma realidade transversal a todo o país. "Não admito que a situação se prolongue. Não tenho garantias mas tenho promessas que a situação se resolva rapidamente. Espero que em Fevereiro a situação se resolva. Os pedidos de reembolso já foram feitos".