A cultura "faz a ponte e pode puxar" pelas relações entre Portugal e a China. Essa é a convicção da Secretária de Estado do Ensino Superior que esteve, hoje de manhã, na abertura do Congresso Internacional 'Portugal-China'.
A Universidade de Aveiro e o Instituto Confúcio promovem este encontro de três dias.
Maria Fernando Rollo lembra que depois da aproximação científica e empresarial, agora é a vez da dimensão cultural puxar pela relação entre os dois países. (com áudio)
São três dias de debate, diálogo multidisciplinar e multi-cultural que "refletem a abrangência e a vivacidade das relações" entre Portugal e a China.
Carlos Morais, um dos dois diretores do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, carateriza o Congresso Internacional 'Diálogos Interculturais Portugal-China' como importante para aprofundar esse conhecimento recordando que há um esforço contínuo ao nível da formação. O projecto "vai 'acrescentar', no próximo ano, cerca de 300 alunos do terceiro ano das Escolas do Ensino Básico de Espinho, município com quem foi estabelecida uma parceria, que 'verá' trabalho realizado por cerca de 200 professores portugueses e chineses, que desenvolvem atividades que 'melhoram a amizade' entre a China e Portugal", disse. São sessões plenárias e simultâneas, mesas-redondas, workshops de pintura e caligrafia chinesas, espetáculos musicais e de teatro, atividades paralelas diversas e cinco exposições, das quais se destaca a de instrumentos musicais chineses, que vai estar patente no Museu de Aveiro/Santa Joana, entre 15 de Fevereiro e 5 de Março.
O Reitor da UA, Manuel Assunção marcou presença na abertura dos trabalhos. Salientou a aposta no ensino de Mandarim como "uma das forças" desta ação. "Estamos a ensinar dentro e fora do Campus mais de 1300 jovens. Estamos muito empenhados em dizer às pessoas que tem a oportunidade de estudar uma segunda língua sem pagar propinas", recordou.
O debate abrange as mais diversas áreas das relações entre a China e Portugal.
Ribau Esteves, Presidente da Câmara de Aveiro, destacou o investimento no turismo como um dos focos desta ação. "Estamos a apostar no Turismo. Realizámos uma missão empresarial em Setembro, na China e teremos, em Dezembro, um Congresso em Macau que aproximará empresas turísticas dos dois países, para atrair turistas para Portugal. Cativamos assim, investidores e investigadores para o Parque da Ciência, que vai entrar em laboração", vincou.