Demolição das casas pré-fabricadas no Forte da Barra abre caminho a projeto urbanístico em zona histórica.

Arranca esta segunda a demolição das casas pré-fabricadas no Forte da Barra que abre caminho ao projeto urbanístico de reabilitação de edificado naquela área junto ao Porto de Aveiro.

Os trabalhos de remoção das oito casas pré-fabricadas estão relacionados numa perspetiva geral com a requalificação do Forte da Barra, que prevê a instalação de novos serviços e a expansão da cortina arbórea do Jardim Oudinot.

A empreitada inclui a retirada das coberturas e posterior demolição das estruturas, que totalizam uma área total de 800 metros quadrados.

Os trabalhos decorrerão até à segunda semana de agosto.

O projeto urbanístico prevê a requalificação da área e a valorização do património histórico, com aposta no turismo.

Inclui a recuperação do edifício da antiga JARBA, com a construção de um auditório e espaços para exposições e reuniões, além de um novo edifício para um ginásio e um "Clube do Porto de Aveiro".

No local irá funcionar uma unidade hoteleira e serão reabilitados edifícios portuários para permitir a criação de núcleo museológico.

Haverá um novo edifício e melhoradas as condições de acostagem de embarcações.

Trata-se de uma operação no âmbito do programa Revive com concessão conferida à sociedade “AM + PM, Lda.”.

O concurso data de 2020 e o contrato foi assinado em Outubro desse ano com investimento estimado em 5.6 milhões de euros valores que, agora, são obrigatoriamente atualizados.

A operação tinha a previsão de entrar em funcionamento em 2024 por um período de 50 anos.

Construído no século XVII, durante a Guerra da Restauração para defesa da foz do Rio Vouga, fazendo parte de um conjunto de fortalezas edificadas entre 1642 e 1648, o forte serviu, ainda, como prisão durante as Invasões Francesas.

Em meados do séc. XIX perdeu importância defensiva e estratégica mas serviu como auxiliar à navegação na entrada dos barcos.

No século XX, o forte foi adquirido à Marinha Portuguesa pela Direção Geral de Porto, sendo utilizado como residência e posteriormente como armazém.