O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal confirma que o Centro Hospitalar do Baixo Vouga paga a diferença salarial em dívida aos enfermeiros associados do SINDEPOR.
Abrangidos 58 enfermeiros a quem o CHBV (Aveiro, Águeda e Estarreja) pagou, este mês, valores que nalguns casos chegaram a ultrapassar os 6 mil euros por profissional.
As importâncias agora liquidadas não foram pagas aos enfermeiros entre outubro de 2015 e junho de 2018.
Nestes dois anos e nove meses, os enfermeiros em causa trabalharam 40 horas semanais tendo recebido uma remuneração mensal base igual à que foi paga a outros colegas que, tal como eles, foram admitidos mediante contrato individual de trabalho, mas a trabalharem 35 horas por semana.
Ou seja, recebiam 1201,48 euros mensais quando deviam auferir 1373,12 euros.
O acerto de contas foi agora assumido pela administração.
Compromisso que, segundo o sindicato, foi assumida em reunião realizada em setembro.
“Nesta reunião, recebemos o compromisso de que os montantes em dívida seriam pagos até ao final do corrente ano; ficam saldados no final deste mês, por isso devemos salientar a lisura e seriedade com que este assunto foi tratado pelos responsáveis do CHBV”, afirma Nuno Couceiro, coordenador da região Centro do SINDEPOR.Outro tema que preocupa os enfermeiros é a avaliação.
A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) informou os enfermeiros que trabalham nos cuidados de saúde primários que a avaliação do biénio 2019-2020 vai ser feita por ponderação curricular.
A decisão está a gerar revolta entre os enfermeiros, tendo em conta que a mesma não reflete o facto de 2020 ter sido ano de pandemia.
Os enfermeiros não entendem como é que, nalguns locais do país, o esforço excecional feito em 2020 é reconhecido e noutros não.