A Plataforma Cidades considera que Aveiro tem centrado a sua atenção em projetos de reabilitação do Rossio e Avenida correndo o risco de esquecer temas mais decisivos para o futuro como o ordenamento do território e a relação da área consolidada com a cidade nascente para lá da antiga EN109.
Pomílio Souto dá como exemplo a questão da existência de vias com grande tráfego e o problema que representam para a qualidade do ar.
Entrevistado no programa Conversas, deixou esse reparo a propósito da forma como o debate tem sido afunilado em projetos como o Rossio e a avenida (com áudio)
A ampliação do hospital e a desistência de lutar por uma unidade nova que tinha terrenos reservados na zona de Oliveirinha é outro dos temas que define como estruturantes por permitir a criação de novas centralidade e o consequente alargamento da cidade.
Pompílio Souto entende que Aveiro pode estar a cometer um erro histórico (com áudio)
Um dos dinamizadores da Plataforma Cidades em entrevista ao programa “Conversas” no lançamento do 1º encontro informal de personalidades marcado para sábado.
O grupo de reflexão cívica que integra várias personalidades de relevo da Política, da Economia e da Academia, entre os quais o presidente da Câmara de Aveiro, o Reitor, membros do Conselho Geral e do Conselho de Curadores, Júlio Pedrosa, António Oliveira ou Carlos Borrego, e administradores de grandes empresas (Bosch, Altice e Renault), debate a “agenda cidadã 2030”.
Esse 1º Encontro de Cidadãos decorre a partir das 10h, na Casa de São Sebastião, em Aveiro, com o objetivo de refletir estratégias para o futuro de Aveiro.
Júlio Pedrosa, membro da Plataforma Cidades, reforça essa preocupaçao e tem alertado para a importância de lançar esse ponto de encontro para dar corpo a uma agenda reformista que permita manter a competitividade.
“Estudos e reflexões recentes sugerem que a sustentabilidade, o desenvolvimento e a democratização dos benefícios da inquestionável pujança económica da região de Aveiro podem estar a ser comprometidos. Sendo certo que os investimentos públicos e privados até 2030 são enormes, a verdade é que - sendo pouco articulados e usados num tecido fazedor pouco estruturado, de uma sociedade muito desigual e algo alheada que ainda temos –, podem trazer-nos muito menos do que o expectável. Parece, portanto, que são necessárias mudanças: garantir congruência às apostas de entidades âncora do desenvolvimento; diminuir dificuldades de contexto; contar com cidadãos mais envolvidos no êxito de investimento estratégico. Assim, poderiam potenciar-se resultados a bem de uma vida melhor para todos, a começar pelos da região. É essa uma responsabilidade que assumimos”.