Num território lagunar em que o mar já esteve em posições hoje feitas de terra é muito provável que o subsolo guarde surpresas.
A declaração foi deixada na abertura da exposição “A arqueologia subaquática da Laguna de Aveiro” no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro.
Paulo Morgado, especialista no tema, falou sobre achados arqueológicos, e não escondeu que esse eventual surgimento até pode acontecer no Rossio.
Desafiado a comentar recentes declarações do autarca de Aveiro que apontava uma possível descoberta nas fundações do futuro estacionamento subterrâneo, Paulo Morgado admite de uma declaração em tom de brincadeira possa sair uma afirmação com alguma probabilidade de concretização (com áudio)
A Universidade de Aveiro assinou o protocolo de doação de peças cerâmicas arqueológicas provenientes de meio subaquático da Laguna de Aveiro.
Em 2021 foi efetuada a proposta de doação de um conjunto de peças de cerâmica com origem nos achados dos sítios arqueológicos da Ria de Aveiro A e B.
Este espólio cerâmico, presente na exposição, apresenta-se num “excelente estado de conservação” e é composto por elementos de cerâmica comum, tais como fogareiro, pratos, taças, púcaros, uma bilha, um testo e uma forma de açúcar.
Estas peças, com atribuição da cronologia a meados do século XV, como local de fabrico a região de Aveiro e Ovar, são provenientes da embarcação que naufragou na Ria de Aveiro A devido a um incêndio, tendo em conta a coloração de algumas peças.
Espólio entregue por um antigo aluno da UA.
O reitor Paulo Jorge Ferreira agradeceu a oferta a João Luís Ribau Vilarinho e a confiança da direção geral de património (com áudio).
Detentora de vários fundos e coleções provenientes de particulares ou coletividades, a UA criou um espaço museológico assente em peças confiadas à guarda da academia.
O diretor do departamento reconhece a valia da oferta.
Rui Silva entende que há interesse científico em estudar essas peças.
Já o autor da oferta refere que a coleção foi feita pelo seu pai.
Ao fim de algum tempo, João Vilarinho entendeu que este era o tempo de entregar o espólio a quem dele pode cuidar incentivando outros particulares a fazer o mesmo (com áudio)