Maria José Curado assume preocupação pela intervenção no Rossio.
A arquiteta paisagista que assina a obra “Evolução Urbana de Aveiro” numa leitura histórica sobre a evolução do espaço urbano em Aveiro, lembra que o Rossio resulta de aterro e que já foi marinha.
Mais do que a capacidade técnica para conseguir um estacionamento em cave em terrenos inundáveis diz que a falta de espaços verdes é o principal problema.
Mesmo com o anunciado aumento da área verde, explica que uma praça não é um jardim e avisa para as carências de espaços verdes a norte do canal das Pirâmides (com áudio)
A docente na Universidade do Porto é licenciada em Arquitetura Paisagista (ISA/UTL), mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano (FAUP/FEUP) e doutorada em Ciências Aplicadas ao Ambiente.
Fala de Aveiro como cidade que perdeu a muralha e que logo nesse momento acabou por perder a definição de zona antiga e cidade nova.
Sobre centralidades diz que é uma das lacunas que os poderes devem refletir (com áudio)
Entrevistada pela Terra Nova, falou sobre os cuidados a ter com o património civil por entender que há muita renovação mas pouco cuidada e diz que o valor de referência deve ser a marca histórica dos elementos e estudar para conhecer cada detalhe.
Esclarece que não é fundamentalista quanto às intervenções em espaço público por levantar questões em torno das mexidas e que sempre haverá erros no planeamento.
Lembra que um dos símbolos da cidade, a avenida Dr Lourenço Peixinho, estava destinada a ser um eixo entre a estação da CP e o Governo Civil e que acabou deslocada à época para uma área que era um canal (com áudio)