A MUBI continua a defender a implementação de medidas para travar a perda de influência da mobilidade ciclável.
Tem apontado caminhos para o aproveitamento de fundos do Portugal 2030 e revela que esta é uma “oportunidade imperdível para Aveiro assumir um firme compromisso por uma mudança de paradigma da mobilidade”.
Na lista de propostas, a associação pela mobilidade ciclável sugere a implementação de alterações do espaço público no sentido de aumentar a segurança dos modos activos, com zonas de acalmia de tráfego, zonas 30 e de coexistência, alargamento e melhoria generalizados dos passeios e percursos pedonais; cração de redes de infraestrutura para bicicleta, ligando o núcleo central da cidade com as freguesia periféricas e articulando com os principais equipamentos e interfaces de transporte público; implementação de soluções que promovam a multimodalidade; implementação de zonas de emissões reduzidas nos centros urbanos e de bairros e envolventes escolares protegidos de tráfego de atravessamento e velocidades elevadas; expansão do sistema de bicicletas partilhadas e promoção da mobilidade activa através de campanhas.
Para cumprir as metas para 2030 do Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes da Região de Aveiro e da Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável, o município terá de alterar, segundo a Mubi, as suas políticas de mobilidade.
Tem de criar as condições para que, a cada ano, mais de 500 pessoas troquem o uso do carro pela bicicleta nos movimentos pendulares.
Até ao final da década, a quota modal do automóvel deverá ter baixado dos 73% para 53% (PIMTRA) e pelo menos 10% das viagens deverão ser feitas em bicicleta.
Rui Igreja, coordenador da secção de Aveiro da MUBi, disse que “o Portugal 2030 está longe de poder resolver tudo, mas constitui uma oportunidade imperdível para Aveiro iniciar uma mudança de paradigma nas políticas urbanísticas e de mobilidade. Espera-se que o executivo camarário não faça como a avestruz, ignorando as evidências e continuando a fazer mais do mesmo.”