Aveiro tem condições para responder aos pedidos de ajuda de quem é vítima de cancro da mama mas precisa que os utentes confiem na unidade de saúde da sua área de residência.
A mensagem foi deixada, esta noite, na Gafanha da Nazaré em sessão de esclarecimento.
Diretores de serviço de oncologia e cirurgia afirmam, a uma só voz, que há capacitação técnica e que não há lista de espera.
Falta mais confiança por parte dos utentes que, muitas vezes, procuram ou são encaminhados para centros cirúrgicos de Coimbra, Porto ou Lisboa.
Juan Carlos Mellidez (Diretor Serviço Oncologia Medica CHBV e Presidente Associação Internacional de Terapêuticas Suporte no Doente Oncológico) e Joana Noronha (Diretora Serviço Cirurgia Geral CHBV e Coordenadora da Unidade de Senologia CHBV) explicaram aos participantes na iniciativa “Outubro Rosa” que há muito a ganhar com essa proximidade.
Juan Carlos afirma a capacidade de resposta dos serviços e recorda dados de 2018 para concluir que “faltam” utentes.
Nesse ano foram diagnosticados 225 casos na área do Baixo Vouga e foram tratados apenas 27 com recurso a esse serviço de proximidade (com áudio).
Declarações na palestra “Vamos falar sobre o cancro da mama?” em que foi vincada a importância de divulgar as capacidades dos serviços de oncologia e cirurgia.
Acreditar a unidade de senologia, criar protocolos com a Liga Portuguesa Contra o Cancro e criar um circuito integrado com as USF´s e centros de saúde para facilitar o acesso ao serviço são apostas assumidas por Joana Noronha.
A Diretora Serviço Cirurgia Geral CHBV e Coordenadora da Unidade de Senologia afirma que existe, nesta altura, uma proposta de acordo com laboratório para testes genéticos – serviço que não existe – e há ideias para serviços que possam ajudar à recuperação física e emocional da mulher no pós operatório.
Deu como exemplo a capacitação em treino físico.
Noronha diz que prioritária é a divulgação do serviço, das suas competências para que os utentes sintam confiança neste recurso de proximidade, evitando as listas de espera que engrossaram durante a fase aguda da pandemia no SNS (com áudio)