O Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro promove o Festival do barco-dragão.
Um festival tradicional na China vai acontecer, pela primeira vez, na cidade de Aveiro. Dia 16 de junho, entre as 14h30 e as 19h30, o festival do barco-dragão envolve várias atividades e o desfile de barcos que percorre os canais da cidade. A organização é do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (IC-UA), em parceria com a Câmara Municipal.
A cidade vai assistir a esta reconstituição histórica, com diversas atividades tradicionais, que culmina com um desfile intercultural nos canais urbanos da ria, em moliceiros e mercantéis decorados com cabeças de dragão na proa. É do Rossio que os barcos vão partir e será nesse mesmo local que terminará o desfile.
A reconstituição histórica, que começa às 14h30, inclui uma dramatização da lenda do barco-dragão, dança do dragão, demonstração de artes marciais, jogos, música e dança tradicionais chinesas, de caligrafia, degustação do doce tradicional destas festividades e a cerimónia do chá.
Remontando ao ano 277 a.C., o festival do barco-dragão realiza-se todos os anos, em memória do grande poeta e patriota Qū Yuán, no quinto dia do quinto mês do calendário lunar chinês.
Conta-se que o poeta Qū Yuán, ao saber que a capital do seu país (o Reino Chǔ) fora ocupada pelas tropas do Reino Qín, não suportou a tristeza, atirando-se ao rio Mìluó Jiāng.
Ao receber a notícia de que Qū Yuán morrera afogado, a população chinesa, receando que os peixes comessem o cadáver do poeta, percorreu o rio Mìluó Jiāng em barcos, lançando arroz à água. Desta forma, os peixes saciariam a sua fome e não comeriam o corpo do poeta.