A Proteção Civil faz balanço ao Exercício Nacional Montemuro 18.
Nos dias 18 e 19 de maio, realizou-se, nos distritos de Aveiro e Viseu, o exercício de proteção civil planeado e coordenado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), com o objetivo de testar a capacidade de resposta operacional do sistema nacional de proteção e socorro face a um cenário de incêndio florestal de grande dimensão.
O exercício MONTEMURO18 envolveu 841 operacionais, oriundos de 20 Forças, Serviços e Entidades, públicas, privadas e associativas, apoiados por 195 veículos.
No âmbito do novo Sistema de Avisos foram enviadas, por SMS, 1 milhão e 200 mil mensagens de aviso, por parte de 3 operadoras de telecomunicações (Altice, NOS e Vodafone), com o objetivo de transmitir informação sobre a situação de risco extremo em contexto de incêndio, tendo sido atendidas 2.883 chamadas recebidas através da Linha Verde instalada na ANPC para esclarecimento da população na sequência do envio do mencionado Aviso.
No contexto das ações de treino no âmbito dos Programas “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” foram evacuadas 225 pessoas, em 2 aldeias do concelho de Cinfães.
No âmbito deste Exercício foram testadas as seguintes valências a nível operacional a articulação entre o Posto de Comando Operacional e os Postos de Comando de Área, exercitando procedimentos de comando, controlo e comunicações entre a estrutura de comando da ANPC e entre esta e todos os agentes de proteção civil; A evolução modular do Sistema de Gestão de Operações (SGO), testando a materialização do seu nível mais elevado de complexidade; A resposta da Rede SIRESP, nomeadamente ao nível da capacidade de reforço da mesma através de estações móveis pré posicionadas e da redundância no abastecimento de energia com recurso a geradores de emergência destinados à alimentação das respetivas antenas; O SIRESP GL, designadamente na componente de georreferenciação dos terminais SIRESP, para fins da sua localização no teatro de operações deste exercício e um projeto-piloto de captação de imagens georreferenciadas e respetiva transmissão em tempo real para o Posto de Comando.
No Exercício participaram Corpos de Bombeiros, Forças Armadas, Guarda Nacional Republicana, Força Especial de Bombeiros da ANPC, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Sapadores Florestais, Instituto Nacional de Emergência Médica, além de outras entidades públicas, privadas e associativas, designadamente Municípios e respetivos Serviços Municipais de Proteção Civil, Juntas de Freguesia, Rede Elétrica Nacional, Energias de Portugal, Corpo Nacional de Escutas, Cruz Vermelha Portuguesa, Centros Distritais de Segurança Social de Aveiro e de Viseu, evidenciando a natureza transversal e plurissectorial da proteção civil.
O Exercício revelou-se, segundo a Proteção Civil, um instrumento "crucial" para testar e treinar procedimentos, sistemas, bem como aumentar a interoperabilidade entre os diversos agentes de proteção civil envolvidos.
foto: arquivo