A MUBI revela que 39 candidatos em todo o país, candidatos em seis das mais importantes cidades, participaram num questionário desenvolvido pela associação pela mobilidade, e boa parte deixou firmado compromisso em nome da mobilidade ativa.
Deste universo 87% afirmam ser muito importante a redução da utilização do automóvel nos próximos quatro anos em pelo menos 10%, e uma grande maioria diz ser importante que o seu município leve a cabo diversas medidas que conduzam à transferência modal para os modos activos e mais sustentáveis.
Muitos candidatos mostram ainda relutância em defender medidas de desincentivo ao uso do carro, essenciais para a mudança do paradigma da mobilidade, mas percepcionadas como impopulares.
A MUBi enviou um questionário dirigido aos candidatos às presidências de Câmara nos municípios de seis capitais de distrito (Aveiro, Braga, Faro, Lisboa, Porto e Setúbal).
Nas respostas registadas em Aveiro, das 8 cadidaturas há uma que não entrou no estudo (Chega) e uma que não respondeu (Aliança com Aveiro).
O questionário esteve aberto a respostas entre 9 e 22 de Agosto, e 39 candidatos, nos seis municípios abrangidos, enviaram as suas respostas.
Quase todos, 38, subscreveram o compromisso de apoiar a mobilidade activa durante o mandato autárquico 2021-2025, com o objectivo de melhorar as condições para quem se desloca a pé e de bicicleta e aumentar o número de pessoas que usam esses modos.
Este inquérito verifica que algumas medidas de desincentivo à utilização do automóvel, tais como a redução da oferta de estacionamento, a redução das velocidades, as restrições ao tráfego de atravessamento em zonas residenciais, ou mesmo a tarifação da entrada de automóveis nas cidades, são as questões a que é dada menos importância (46%, 69%, 64% e 5% consideram estas quatro medidas, respectivamente, muito importantes).
Já o aumento da utilização da bicicleta merece referência mais consensual como forma de atingir metas definidas pela Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável.
Nuro de Matos Carvalho, dirigente da MUBi e coordenador dos trabalhos deste questionário, sublinha que “estamos claramente na fase em que os/as actuais candidatos/as já assimilaram nos seus discursos os temas relacionados com a mobilidade activa e sustentável, mas urge agora passar à fase seguinte que é a de materializar em acções no terreno esse mesmo discurso e ideias”.
notícia atualizada às 7.07 de dia 14 de Setembro