A Associação Portuguesa de Educação Ambiental e a Santa Casa da Misericórdia de Aveiro fazem balanço a 18 meses de parceria na Quinta Ecológica da Moita. Este é um sábado com dia aberto e conferência de balanço, às 11 horas, na QEM, em Oliveirinha, Aveiro. “Um espaço de 17ha da Quinta e Mata da Moita, propriedade da SCMA, foi disponibilizado para dinamização por parte da ASPEA, no âmbito de um protocolo de parceria. Pretendia-se a preparação do futuro espaço para o Programa «Aulas na Natureza» e Centro de Educação Ambiental. O projeto tem tomado uma dimensão mais vasta que vai para além desta proposta inicial, contando com um projeto de horta pedagógica e hortas familiares; um apiário pedagógico, dinamização de eventos e workshops, programas de tempos livres, entre outras iniciativas”.
Para além do projeto educativo de dinamização do espaço da Quinta Ecológica da Moita e a criação de um Centro de Educação Ambiental, como forma de valorização de um espaço natural e de interesse ecológico na região, pretende-se a implementação de áreas de lazer destinadas a grupos e, em especial, famílias, trilhas ecológicas e a criação de uma incubadora de economia sócio ambiental tendo como base um laboratório vivo da Mata da Moita e Quinta Ecológica da Moita.
Do ponto de vista florístico esta mata apresenta uma diversidade bastante rica, destacando diversos tipos de fetos, uma floresta mista de carvalhos, sobreiros, choupos, amieiros, eucaliptos, pinheiros, castanheiros. Do ponto de vista de fauna destaca-se a presença de inúmeras espécies de aves: guarda-rios, pica-paus, gaios, melros, águias de asa redonda, milhafres, corujas, pombo torcaz, para além de outros passeriformes.
No que respeita à herpetofauna (totalidade de espécies de répteis e anfíbios existentes numa região) destaca-se a presença de dois endemismos ibéricos, o lagarto de água e ainda a rã de focinho pontiagudo.
“Esta mata é um excelente exemplo de uma área florestal inserida em ambiente próximo de uma área urbana, embora na periferia da cidade de Aveiro, desempenhando do ponto de vista ecológico um importante papel de manutenção e refúgio de uma biodiversidade que interessa a todos preservar”.
Em 18 meses de atividade passou a funcionar um programa de voluntariado ambiental duas vezes por semana e 70 atividades que passaram por cursos de formação, exposições e documentários, programas de tempos livres e campos de férias de verão, workshops e festas temáticas, percursos na natureza, programas de famílias, construção e manutenção de charcos e trilhas e hortas, trabalhos de recuperação entre outras atividades que envolveram 3.336 pessoas.