Área ardida no Distrito até Abril foi cinco vezes maior do que em todo o ano de 2014.

Desde o início do ano já arderam no Distrito de Aveiro 2.282 hectares de mato e floresta, cinco vezes a área ardida em todo o ano passado, segundo dados apresentados hoje pelo Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro. 

Este aumento, segundo o Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Aveiro, José Bismarck, tem a ver com os grandes incêndios que ocorreram no início deste mês, nos Concelhos de Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Arouca.

Em 2014, o CDOS de Aveiro registou 738 ocorrências, tendo ardido 406 hectares, a segunda menor área ardida no Distrito nos últimos 20 anos.

Os números foram avançados durante a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2015 para o Distrito de Aveiro, que ocorreu hoje em Águeda.

Uma das novidades do Plano é a utilização da Albufeira da Barragem de Ribeiradio, em Sever do Vouga, que ficou concluída este ano, para o abastecimento dos aviões anfíbios pesados.

"Isto vai melhorar o reabastecimento dos aviões e o intervalo entre descargas vai diminuir consideravelmente", disse o comandante José Bismarck em declarações registadas pela Terra Nova.

Quanto aos meios, o Distrito de Aveiro vai contar este ano com 559 operacionais, 127 viaturas e dois meios aéreos para combater os fogos florestais na fase mais crítica, que decorre entre 01 de Julho e 30 de Setembro.

Neste período vão estar em funcionamento 12 postos de vigia, a quem cabe a deteção precoce das ocorrências.

O comandante José Bismarck destacou ainda o investimento que foi feito na segurança dos combatentes, com a distribuição de cerca de 1.100 equipamentos de proteção individual para combate a incêndios florestais e 356 rádios de comunicação.

Ao nível da formação estão previstas 19 acções de treino operacional, abrangendo 881 operacionais.

 

 

Texto: Lusa e RTN