O Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo adverte a comunidade, a equipa e toda a envolvente para as dificuldades que podem surgir e para a necessidade de governar com rigor para colocar os recursos ao serviço da sustentabilidade.
Álvaro Ramos assumiu a liderança ocupando o lugar de Fernando Maria que transita para a Assembleia-Geral – esteve ausente por motivos de saúde – e não escondeu que a sua experiência como membro do Conselho Fiscal ajuda a perceber a realidade da instituição.
“O que sei hoje é que as Santas Casas se não tiverem gestão apertada e cuidado dentro de portas vão ter muitas dificuldades. Esta unidade é uma coisa assombrosa para o meio em que estamos. Se nos tiram o tapete dos acordos teremos problemas com o que devemos à banca. Temos que ir à procura da sustentabilidade. As pessoas pensam que isto é tudo rico e cheio de dinheiro e não é assim”.
O representante da União de Misericórdias concordou com o tom do alerta e reforçou a mensagem com a importância de garantir a manutenção de empregos no setor social.
“Os programas de fundos comunitários abordam a reestruturação de serviços. Não haverá dinheiro para novas estruturas. A aposta estará na inovação. É disso que precisamos. Se não se prepararem dificilmente algumas resistirão. Se calhar algumas terão que se juntar. Com inovação se consiga que pelo menos não haja mais desemprego”.
Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, prefere olhar para os desafios como oportunidades de renovar e abraçar novos desafios. “O desafio é um novo desafio mas tem que ser encarado pela positiva. A Santa Casa pela importância que tem na sociedade e na história terá o apoio de todos. Os voluntários, como em tudo, são decisivos”.