A Câmara de Águeda aprovou o reconhecimento de interesse público ao projeto do Centro de Tecnologia e Inovação que vai ser criado no Parque Empresarial do Casarão.
Esta é uma infraestrutura que, para além da criação do centro propriamente dito, irá criar as condições para apoiar a inovação e o desenvolvimento de novos materiais, produtos e modelos, cativando para Águeda competências nesta área.
Aposta que a associação representante do setor das duas rodas, ABIMOTA, defende como essencial para captar novas industrias.
A autarquia acompanha essa ambição.
“Reconhecemos o óbvio e manifesto interesse público deste projeto, que vai beneficiar empresas de Águeda e não só, e apoiamo-lo com um montante efetivo muito significativo”, sublinhou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, acrescentando que este projeto soma aos investimentos que o Município está a realizar para a qualificação do PEC.
No âmbito de uma candidatura já aprovada pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), a Câmara de Águeda vai investir mais de 20 milhões de euros para implementar a Área de Acolhimento Empresarial de Nova Geração, permitindo dotar o Parque Empresarial do Casarão de condições e infraestruturas que o vão tornar “verdadeiramente competitivo”.
Este processo de reconhecimento de interesse público faz parte do processo de candidatura do CTI a fundos comunitários, também no âmbito do PRR, que exige que o consórcio candidato (liderado pela Polisport, Plásticos, S.A.) seja proprietário do terreno onde o centro venha a ser instalado.
Reconhecendo o mérito e interesse para o concelho deste projeto, que prevê um investimento de 20 milhões de euros e a criação de emprego qualificado direto, que se estima em 20 colaboradores a três anos, a Câmara de Águeda “realiza um efetivo e inequívoco apoio à ABIMOTA, vendendo o terreno necessário a dez cêntimos o metro quadrado”.
O CTI vai ocupar os lotes 64 a 68 do PEC, num total de 16.342 metros quadrados, que vai, assim, custar 1.634,30 euros.
Considerando que o preço do terreno é de 15 euros o metro quadrado, que implicaria um custo de 245.145 euros, a Câmara de Águeda apoia o projeto do CTI em 243.510,70 euros.
Segundo os pressupostos deste apoio, a venda dos referidos lotes destina-se exclusivamente para esta finalidade, pelo que se o projeto do CTI não vier a ser aprovado pelo PRR, o Município terá de ser ressarcido do apoio realizado.