Os partidos da oposição consideram o agravamento do custo da intervenção no Rossio e na Ponte Praça indicador de um processo “mal desenhado” e transformado em "sorvedouro de dinheiro público".
Primeiras reações de PS e BE ao lançamento de novo concurso com um valor base reforçado em 1,9 milhões para alterações ao projeto.
Para a estrutura socialista, liderada por Manuel Sousa, o novo projeto de requalificação do Rossio e Praça Humberto Delgado “é uma péssima ideia e um péssimo processo”.
“Aveiro precisa de uma visão estratégica integrada e políticas públicas coerentes, consequentes. Aveiro precisa do Rossio requalificado, e não de um buraco de milhões”.
“Buraco sem fundo” é a expressão utilizada pelo BE que continua a dirigir críticas ao estacionamento subterrâneo.
“O Bloco de Esquerda considera que o estacionamento no Rossio se tornou num buraco sem fundo, derrapando agora em mais 1,9 milhões de euros”.
Afirma que em outubro a Câmara já tinha colocado mais 2 milhões de euros para retirar dois meses de prazo de execução.
“Assim, ainda antes da primeira pedra ter sido sequer colocada, o preço da obra derrapou já em 50%”.
Para o BE trata-se de um projeto “sorvedouro de dinheiros públicos” que exige esclarecimento pelo aumento dos custos e também escrutínio à segurança.
“O Bloco estranha que se aumente o valor da obra quando existiam interessados em assumir a obra pelo valor anterior e pretende que sejam devidamente esclarecidos os contornos do negócio, de segurança da obra e da má qualidade do projeto agora evidente”.
Os contestatários da intervenção com o subterrâneo consideram que a autarquia entrou na fase da “obsessão”.
Para o movimento Juntos pelo Rossio trata-se de uma ideia "cara" de Ribau Esteves.
“Passamos da fase da teimosia para a fase da obsessão por parte do Executivo Municipal Aveirense, ajustando on demand o valor do concurso, ao que os candidatos ofereceram nas propostas ao primeiro concurso público, 2 milhões de euros acima do valor estipulado”.