Águeda: Autarquia decreta dois dias de luto municipal pelo falecimento de Joana Marques Vidal.

Águeda decreta Luto Municipal pela morte de Joana Marques Vidal.

O Presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, manifesta, em nome do Executivo Municipal, a sua “mais profunda consternação” pela morte de Joana Marques Vidal, ex-Procuradora-Geral da República, que faleceu hoje aos 68 anos.

“Lamentamos profundamente a perda desta figura ímpar da nossa sociedade e uma magistrada de grande relevância, que ficará para sempre ligada ao Ministério Público, à sua história e legado”, disse, destacando as suas qualidades humanas e dinamismo, jurídico e social, bem como a sua “notável trajetória como jurista, dedicando a sua vida à causa pública e ao desenvolvimento da comunidade”.

Joana Marques Vidal “era também uma mulher de trato simples, muito atenta, sempre presente e próxima das suas gentes e da comunidade aguedense, denotando um espírito generoso e uma visão de futuro que não serão esquecidos”.

O Presidente da Câmara de Águeda destacou ainda a capacidade de liderança e o papel que desempenhou ao longo da sua carreira, deixando “um contributo significativo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa”.

“A sua vida foi marcada por um compromisso inabalável com a ética e o rigor, um trabalho e dedicação que serviram de inspiração aos seus pares e certamente o será para as gerações futuras. A sua ausência será sentida por todos”, disse, expressando “as mais sinceras condolências à família, amigos e colegas neste momento de dor”.

Com raízes em Águeda, Joana Marques Vidal desempenhou o Cargo de Procuradora-Geral da República durante seis anos (de 2012 a 2018) e em outubro de 2018 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Município de Águeda decretou dois dias de luto municipal (dias 10 e 11 de julho) pela morte da jurista aguedense.

Maria Joana Raposo Marques Vidal nasceu na freguesia de Santa Cruz (Coimbra), a 31 de dezembro de 1955, mas tem em Pedaçães as suas origens familiares.

É filha do juiz jubilado José Alberto de Almeida Marques Vidal (Pedaçães, 14 de outubro de 1930), que foi diretor da Polícia Judiciária nos anos 90, e da sua primeira mulher, Maria Joana Lobo de Portugal Sanches de Morais Ribeiro Raposo (Coimbra, 4 de janeiro de 1932).

Joana Marques Vidal iniciou funções como magistrada do Ministério Público em 1979.

Em 12 de outubro de 2012, foi nomeada pelo Presidente da República de então, Aníbal Cavaco Silva, para o cargo de Procuradora-Geral da República, com um mandato de seis anos.

Foi a primeira mulher a exercer estas funções, tendo o seu mandato sido marcado por vários casos mediáticos envolvendo figuras relevantes, designadamente do poder político e económico português.

Cessou funções a 12 de outubro de 2018. A 22 de outubro último foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo pelo atual Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

O corpo vai estar em câmara ardente esta quarta-feira a partir das 14h na freguesa de Pedaçães, concelho de Águeda.

As cerimónias fúnebres decorrerão em Aveiro, localidade onde a ex-procuradora-geral da República será cremada.