A reabilitação do Mercado Municipal de Águeda foi adjudicada, ontem, em reunião de Câmara, à empresa Sócertima – Sociedade de Construções do Cértima, Lda, por 4.590.000,07 euros (acrescidos de IVA). A obra, que tem um prazo de execução de 420 dias, vai reconfigurar aquela infraestrutura que tem cerca de 30 anos e que estava a precisar de uma intervenção profunda.
“Este é um dia muito importante, que marca o arranque de uma obra que vai mudar totalmente este espaço comercial tão relevante na cidade, no concelho e na região e que queremos potenciar cada vez mais”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, acrescentando que se trata de um projeto que “assumimos como uma das principais intervenções a realizar logo no início do mandato e que hierarquizámos à frente de obras como o Museu da Indústria e o IVV”.
Este equipamento municipal é muito utilizado não apenas pelos produtores locais como pelos aguedenses de forma em geral, pelo que é objetivo que este espaço assuma “o papel de destaque e referência que tem na região como elemento aglutinador de pessoas e de consumidores”, frisou ainda o Edil.
A renovação do Mercado Municipal, que conta com comparticipação comunitária até 85% do montante elegível ao abrigo do Programa Operacional da Região Centro – Centro 2020, permitirá dotar este equipamento de novas valências e os serviços que hoje presta serão melhorados de uma forma substancial. O equipamento passará a ter dois pisos, com uma área total de construção de 6.778,08 metros quadrados, proporcionando aos comerciantes o conforto e condições necessárias à sua atividade e aos clientes a comodidade e os serviços melhorados.
Tornar o mercado num ponto de referência na região e ao mesmo tempo ser alvo de visita pelos turistas é um dos propósitos da intervenção a realizar, que implica, por exemplo, a alteração dos espaços de venda em função das necessidades e cumprindo a legislação em vigor, a criação de restaurantes e esplanadas, sem esquecer a cobertura em vidro colorido numa referência artística à instalação urbana dos guarda-chuvas.
Concretamente, no que se refere aos espaços de venda, haverá lojas individuais para a venda de peixe e carne, dotadas do equipamento necessário ao seu funcionamento nomeadamente câmaras frigoríficas individuais. Segundo o plano definido, a venda de bacalhau também passará a acontecer em espaços individuais em vez das actuais bancas.
As restantes vendas decorrerão nos módulos de bancas, em duas tipologias diferentes (duplas e triplas), desenhados a pensar na versatilidade, permitindo alterações na organização do espaço, e dotados dos equipamentos (como vitrinas) adequados à tipologia de venda.
Distribuídos pelo piso térreo existirão, também, alguns compartimentos de arrumos e câmaras frigoríficas comuns.
Tendo em consideração os requisitos de higiene e o conforto dos comerciantes, serão criados espaços de balneários com instalações sanitárias, duches e cacifos, cujo acesso será feito diretamente pelo cais de descargas. Para o público no geral, serão também criadas instalações sanitárias em ambos os pisos.
A entrada de público no mercado passará a ser feita através da Rua do Rio Grande e pelo alçado Sul, promovendo um maior controle nos acessos, bem como igualdade no que respeita à visibilidade das bancas.
A cobertura do mercado será totalmente removida e substituída, em parte, por painéis sandwich, sendo que uma das principais alterações será a colocação de vidro colorido em forma de chapéu-de-chuva no plano superior da cobertura.
No que respeita ao piso superior, que será totalmente alterado, será criado um restaurante, cuja sala de refeições ficará em mezanino para o interior do mercado. Para além deste restaurante, existirão ainda dois quiosques de venda e outros dois restaurantes de dimensão menor e cuja sala de refeições é comum entre os quatro.
Será ainda criado, neste piso, um espaço para crianças, organizado através de mobiliário em miniatura, idêntico ao mobiliário do mercado, para que as crianças possam brincar simulando o que acontece no mercado.
Está prevista também a definição de zonas de circulação, o alargamento de passeios, a criação de estacionamento destinado a cargas e descargas, bem como a pessoas com mobilidade condicionada.
O Mercado Municipal, com a remodelação prevista, será dotado de condições não só para a utilização já conhecida, como para novas funcionalidades, como restauração e bar, podendo ser utilizado em horários diferenciados e atraindo, desta forma, diferentes públicos.