Paula Cardoso defendeu, esta terça-feira, no Parlamento, a reversão da media que colocou o Serviço de Atendimento Complementar (SAC) a substituir o serviço de urgência do hospital de Águeda.
Numa audição da ministra da Saúde, a parlamentar social democrata exortou a governante a disponibilizar os meios técnicos e humanos para que a unidade hospitalar funcione em pleno.
“O SAC deve ser um serviço de apoio e prestação de cuidados à população, nomeadamente aos utentes que não têm médico de família, e não um serviço de substituição de urgências hospitalares, porque não dá a mesma resposta sem serviços complementares” vincou Paula Cardoso na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
A deputada refere-se ao facto de a ULS da Região de Aveiro ter anunciado em maio passado que abriria um SAC no Centro de Saúde de Águeda, a funcionar aos fins de semana e feriados, sempre que a escala dos serviços de urgência impliquem o seu encerramento.
Para a deputada aveirense, “esta situação é inaceitável para Águeda, porque, parecendo temporária, passou a prática definitiva, estando a urgência [do hospital] ainda encerrada na última semana”.
“Águeda substituiu-se ao Estado na construção de novas unidades de saúde e na requalificação e ampliação dos serviços de urgência do hospital. Suportou [as obras] com os impostos dos aguedenses, com a garantia e compromisso do Estado de que, aliviado destes custos, não falharia ao município com os meios técnicos e humanos necessários para o regular funcionamento destes equipamentos” – declarou Paula Cardoso na sua intervenção na discussão do Orçamento do Estado para 2025, para sustentar a tese que defendera.