A Câmara Municipal de Ovar avança para a posse administrativa do edifício do Cineteatro de Ovar como forma de salvaguardar a segurança da envolvente. É a reação às derrocadas que têm acontecido como consequência da falta de manutenção do espaço.
O espaço é propriedade privada e a autarquia diz que depois da construção do centro das artes é impensável construir outra sala de espetáculos.
A autarquia liderada por Salvador Malheiro diz ter notificado a sociedade proprietária do edifício do Cineteatro, com base em relatórios da proteção civil e na sequência de vistoria realizada ao local, para a necessidade de intervenção, dentro dos termos legais, tendo sido conferido um prazo limite para a sua demolição.
Sem resposta dos proprietários e com os sinais de derrocada, tendo-se verificado, ontem à noite, dia 8 de agosto, mais uma derrocada parcial, a Câmara diz que não pode esperar mais.
“Assim, face a esta realidade, após ponderação técnica com os Bombeiros Voluntários e com a equipa técnica da Câmara Municipal que tem vindo a acompanhar este processo, e depois de se ter observado diretamente a parte superior do edifício, por recurso a equipamentos adequados, o presidente da autarquia decidiu avançar com o auto de posse administrativa do imóvel e preparar uma intervenção de emergência, da iniciativa da proteção civil, atendendo à necessidade absoluta de ação imediata, a fim de garantir condições satisfatórias para a segurança pública”.
A demolição parcial será feita por uma empresa qualificada, tentando-se manter o máximo do seu património arquitetónico.