A Câmara Municipal de Águeda acabou o arranjo urbanístico da Avenida da República, em Macinhata do Vouga, uma obra realizada no âmbito do Orçamento Participativo (OP) e que implicou um investimento de 48 mil euros. "Esta intervenção consistiu na criação de espaços para passeios de ambos os lados da estrada, estacionamento para carros em toda a extensão da via e criação de passadeiras, para além de terem sido retiradas as árvores que ali existiam e que estavam degradadas, sendo, posteriormente, substituídas por novas".
O Presidente da Câmara Municipal de Águeda lembra que esta obra foi complementada com a empreitada realizada pela Autarquia em outras ruas adjacentes, fora do contexto do OP.
“Esta intervenção mais alargada é um exemplo do que nos tínhamos proposto para este mandato, ao trazer para as freguesias a regeneração urbana que estamos a implementar na cidade”, disse Jorge Almeida, salientando a acessibilidade, a melhoria da iluminação e mobiliário urbano ou ainda a colocação de árvores fora do espaço dos passeios para a garantia de uma melhor acessibilidade como algumas das características da regeneração realizada.
Na Avenida da República em específico, houve algumas críticas que foram aludidas no momento da obra e que agora se percebem estarem totalmente sanadas. “Tínhamos aqui árvores muito antigas, quase todas elas em muito mau estado fitossanitário, algumas com perigo de poderem cair, pelo que foi preciso tomar decisões”, lembrou Jorge Almeida, frisando que, hoje, ao perscrutar a intervenção, “os benefícios são por demais evidentes”.
Isso mesmo comprova Pedro Marques, presidente da Junta de Freguesia de Macinhata do Vouga, descrevendo que “a estrada ficou melhor, bem como os passeios e o estacionamento. Só dá verdadeiro valor quem viu antes e vê (este espaço) agora”, declarou.
Um dos proponentes lembra isso mesmo, que a zona “estava muito degradada, as árvores estavam muito velhas” e foi tudo remodelado, num projeto que considera ter sido “muito bem executado”.
Estando em Macinhata do Vouga e a poucos dias da realização de novas viagens do comboio histórico a vapor, Jorge Almeida, Presidente da Câmara de Águeda, lembrou que a defesa da Linha do Vouga é uma luta que trava desde há muitos anos, quando foi presidente da JF desta localidade.
“Estávamos há poucos meses na JF, quando surge a ordem para fechar a linha, e eu e o (António) Quaresma andámos sozinhos a lutar contra o que parecia inapelável. Não tivemos o apoio de mais ninguém e até havia quem estivesse ansioso para que o fecho da linha acontecesse”, recordou o Edil, frisando que, mesmo depois, já por diversas vezes esse foi um cenário que foi colocado em cima da mesa.
“Agora parece-me que está cada vez mais afastado; esta relíquia que aqui temos, e da qual estamos a cuidar tão bem, está a impor a sua força e afinal de contas o que era um sonho de alguns está a tornar-se um orgulho de muitos”, defendeu, lembrando que agora “Macinhata está nas bocas do mundo e no coração de muita gente”.
De referir que a CP está a organizar mais quatro viagens, agendadas para os dias 8,9, 15 e 16 de maio, e os bilhetes estarão à venda na bilheteira da CP.