O PCP insiste na crítica à falta de um mecanismo automático para a instituição da tarifa social da água em Aveiro.
Poucas semanas depois do chumbo a uma recomendação à Câmara Municipal para avançar na criação da tarifa social de água e saneamento, o Partido Comunista reafirma que a tarifa de Aveiro é a mais alta do país.
Na reação ao debate mantido em Assembleia, os comunistas dizem que a autarquia revelou “insensibilidade para as questões sociais” e “intolerância” perante a iniciativa dos partidos da oposição.
Já depois de ter recordado que a passagem do sistema para a gestão privada e a retirada desse poder às autarquias locais foi decidida por PSD, CDS e PS, refere que a mudança abriu caminho ao “aumento brutal das tarifas”.
Diz que num primeiro momento, a Águas da Região de Aveiro, empresa de capitais públicos, inclusive municipais, se portou “como os piores privados”.
Mesmo depois do chumbo, o PCP exige uma “resposta global” dos municípios associados visando a redução de tarifas e a instituição da tarifa social.
O Partido Comunista recorre aos dados da DECO, sobre a fatura média anual da água e saneamento, para concluir que Aveiro apresenta uma das tarifas mais caras do País e era a capital de Distrito com a tarifa mais cara.
Avisa que mais de cinco mil agregados familiares e mais de 10 mil habitantes num universo de 81 mil não são “coisa pouca”.
E lembra que “mais de 210 concelhos dos 278 do Continente já aplicam uma tarifa social de água, e a imensa maioria destes 210 tem um serviço mais barato do que Aveiro”.
Uma realidade que leva o PCP a dizer que a luta não acabou e que a reclamação vai manter-se.