O arquivamento da participação feita por vereadores da oposição na Câmara de Águeda contra o vereador do pelouro de turismo, Edson Santos, atual Vice-Presidente da autarquia, pelos crimes de abuso de poder, recebimento indevido de vantagem e peculato é encarado como positivo em temros pessoais mas também para o bom nome de Águeda.
A reaçao ficou a cargo do visado no processo movido por vereadores mas sustentado na acusação do Ministério Público.
Edson Santos viu o processo movido devido à aceitação do convite para uma viagem ao Japão, realizada entre 17/10/2017 e 23/10/2017, com as despesas custeadas pela sociedade japonesa “Hiroshima Toyo Carp Co., Ltd.”, com o pedido de apreciação ao Ministério Público sobre o recebimento alegadamente indevido, de ajudas de custo e a utilização, alegadamente, abusiva do cartão de crédito que lhe estava atribuído pelo Município em despesas no Japão.
O Juízo de Instrução Criminal de Aveiro decidiu não submeter a julgamento o autarca por entender, no essencial, que estava demonstrado o interesse público subjacente à realização da viagem e, bem assim, a regularidade na utilização do cartão de crédito e recebimento de ajudas de custo.
Edson Santos vê reconhecida a legitimidade num processo em que o MP tinha deduzido acusação uma vez que a viagem não teria sido sujeita a deliberação prévia da Câmara de Águeda.
O autarca argumentou que a viagem de trabalho assentava na promoção do município naquele país asiático, em funções públicas enquanto vereador responsável pelo pelouro do turismo, como forma de promover o nome da cidade de Águeda aliada à arte urbana dos guarda-chuvas coloridos.
Edson Santos afirma-se satisfeito pelo desfecho do processo lançado críticas à oposição.
“Fez-se justiça e foi reposto o meu bom nome, tanto pessoal como profissional. Este caso serviu ainda para demonstrar, de uma forma clara e inequívoca, que os tribunais não devem ser utilizados para a chicana política, cabendo a quem está na oposição que o faça de forma séria e leal, não instrumentalizando a justiça ao serviço dos seus interesses. A avidez de votos não pode estar acima da honradez das pessoas, na política não pode valer tudo. É precisamente pelo uso de palavras híbridas, pela criação de zonas cinzentas no consciente coletivo, pelo constante atropelo da verdade, pela atitude mesquinha e vazia de ideias e soluções, pelo insistente deita-abaixo, que a oposição continua a ser apenas isso, oposição”.