A Universidade de Aveiro é a sede da Plataforma Nacional de Turismo em apresentação esta quinta-feira numa sessão online (15h).
Com sede no Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro e presidida por Carlos Costa, professor daquele Departamento, a PNT, uma iniciativa única a nível mundial, pretende ser a maior plataforma cívica na área do turismo.
A apresentação pública online tem como oradores Nuno Fazenda, secretário de Estado Turismo, Comércio e Serviços, João Albino Silva, presidente da Assembleia Geral da PNT e professor da Universidade do Algarve, Carlos Costa, presidente da direção da PNT e professora na UA, e Ana Jacinto, Vice-presidente da direção da PNT, e Secretária Geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.
“A PNT é a maior Plataforma Cívica que está a ser criada na área do turismo. É uma iniciativa única a nível mundial, e que pode apoiar a sociedade civil a dar um contributo para se mobilizar e apoiar o desenvolvimento de Portugal. Ainda por cima o Turismo é muito relevante em termos económicos e sensível em termos sociais”, sublinha Carlos Costa.
A PNT integra 125 associados fundadores, que incluem todas as universidades portuguesas e um grande número dos institutos politécnicos com cursos na área do turismo; todos os professores catedráticos da área do turismo do país; a maioria dos investigadores nacionais da área do turismo e todas as organizações nacionais empresariais da área do turismo.
A PNT, descreve o presidente da direção, “tem por objetivo promover iniciativas de investigação, desenvolvimento, inovação e de discussão, que contribuam para a implementação de novas orientações de política, estratégia e ações para o turismo nacional”.
O turismo tem vindo a crescer e a consolidar-se em Portugal, mas, repara Carlos Costa, “têm surgido diversos problemas e desafios”.
O turismo tem crescido em termos de receitas, e tem contribuído decisivamente para alavancar o desenvolvimento socioeconómico. Contudo, aponta o responsável, “muito do crescimento tem acontecido de forma desequilibrada social e territorialmente, e muitas vezes com fortes conflitos com a qualidade de vida dos residentes, do ambiente e da qualidade do emprego que é criado”.
“O turismo precisa, pois, de se desenvolver através do envolvimento e de um esforço acrescido em termos de conhecimento, inovação e envolvimento das pessoas com quem ele interage e que dele depende”, diz. “Precisamos de ter mais e melhores respostas no futuro em termos de economia, qualidade do emprego, e sustentabilidade ambiental. E é fundamental que a gestão e o planeamento do turismo sejam feitos de uma forma mais alargada envolvendo as empresas, as organizações e os centros de conhecimento e inovação do turismo”, sublinha Carlos Costa.
O contributo da PNT, antevê Carlos Costa, “far-se-á sentir através dos seus think-tanks, onde se discutem temas específicos do turismo nacional (localização do aeroporto, cultura e património, educação e formação, sustentabilidade, investigação e inovação, turismo em ilhas, etc.), bem como através da realização de projetos de investigação e inovação aplicados (rede de conhecimento e informação, recursos humanos; governança, território e digitalização; grandes desafios societais, etc.)”.